Mais uma…

Esta semana o JORNAL DO OESTE trouxe a notícia a respeito da paralisação da construção da ciclovia ligando a sede ao distrito de Novo Sobradinho. A obra, em torno de 20 quilômetros, seria uma referência para as centenas de ciclistas que utilizam a bicicleta como meio de transporte ou de lazer, em especial no interior de Toledo, oferecendo maior segurança também aos motoristas, que hoje precisam redobrar a atenção diante da falta de espaço para circulação não apenas neste trecho, pois esse é um problema que vem sendo registrado em praticamente todas as principais rodovias no interior.

Como mostrou a reportagem, erros grosseiros na formatação do projeto levaram a gestão do prefeito beto Lunitti à decisão de suspender a obra, pois os ajustes necessários seriam mais caros que o máximo estabelecido pela legislação, caso fosse mantido o edital de licitação original. Quando se mencionam erros grosseiros pode parecer exagero, perseguição, acusações levianas. Mas não: não é exagero!

Primeiro que no edital de licitação não estava previsto o serviço – básico, por sinal – de terraplanagem, sendo necessário ser feito um contrato separado para que a Emdur executasse o serviço. Além disso, não havia a previsão de drenagem. Como se não bastasse, era para ser colocada uma espécie de muro de contenção para dar maior segurança aos ciclistas, entretanto, alguém esqueceu que ali se trata de uma área rural, portanto, com circulação de maquinário agrícola pesado, algo que se tornaria impossível com esse muro.

A saída, ao menos oficial, foi paralisar a obra, pagar à empreiteira contratada pelo serviço executado até agora e refazer todo o projeto. Mais uma obra dentro da Prefeitura de Toledo cujo projeto apresenta falhas gritantes. Fosse na iniciativa pública o desfecho dessa história seria bem diferente, mas como no serviço público erros são perdoados ou esquecidos com frequência, este será apenas mais um na lista entre tantos cometidos nos últimos anos. Erros grosseiros de quem parece não compreender a grandeza de se trabalhar numa das maiores prefeituras do Paraná, mas que tem tratado suas obras públicas recentemente com um desdém de doer.

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