Mais celeridade, por favor
Nesta sexta-feira (24) o governador Carlos Massa Ratinho Junior deverá estar em Toledo para uma cerimônia onde, entre outras coisas, deverá liberar a licitação para mais uma vez tentar se retomar a obra de construção da unidade escolar que começou a ser erguida há anos no Jardim Gisela, entretanto, foi abandonada pela construtora vencedora do primeiro processo, assim como aconteceu de novo, de novo, de novo…Um ciclo sem fim que domina o putrefato cenário de obras públicas no Brasil. Assim também acontece com aquela que deveria ser a sede do Núcleo Regional de Educação (o antigo Colégio Olivo Beal, no Centro), assim como deveria ser a reforma – ou reconstrução – do Colégio Estadual Esperança Favaretto Covatti, no Jardim Bressan, interditada quando uma parte do muro ruiu, no dia 6 de maio do ano passado.
Num campo onde o Brasil ainda engatinha e precisa avançar muito para ao menos tentar se aproximar de países mais desenvolvidos, onde o investimento no setor vai muito mais além de que o pagamento de bons salários aos professores ou a manutenção de benefícios sem fim, é preciso mais celeridade, por favor. E não adianta apenas culpar as empreiteiras que abandonam obras importantes como fossem fossas cavadas num terreno qualquer, até porque se elas vencem processos para os quais não estão preparadas para levar a obra até o fim é porque existe um sistema permissivo lhes concedendo o devido acesso.
E isso que estamos apenas citando três exemplos em Toledo, uma das 10 maiores economias do Estado do Paraná e líder no Valor Bruto da Produção Agropecuária onde os índices de avaliação são muito acima da média e onde a fiscalização é feita com certa frequência e rigor, ao menos por agentes que ainda sonham com dias melhores, como é o caso do JORNAL DO OESTE, que há décadas alerta sobre a necessidade de mudanças mais profundas no sistema educacional. Não apenas o paranaense.
Concluir obras é apenas uma das etapas. Melhorar as condições de infraestrutura apenas o primeiro passo. Até porque nenhum ser humano consegue render aquilo que dele se espera num ambiente nocivo ao seu aprendizado. Grandes atletas rendem melhor quando em arenas modernas e devidamente preparadas e treinados pelos melhores profissionais, com todo suporte possível. Com o estudante deveria ser a mesma coisa.