Força política

Nas duas últimas eleições, a microrregião de Toledo não conseguiu eleger nenhum representante à Assembleia Legislativa do Paraná, fruto de uma série de erros e da falta de percepção dos eleitores em geral sobre a falta que faz não ter representantes políticos atuantes. E, por coincidência, nessas eleições a ‘sorte’ foi ter eleito ao menos um deputado federal. Em 2018 José Carlos Schiavinato e em 2022 Dilceu Sperafico, que precisou retornar ao cenário político como uma última tentativa em manter essa mínima representação. A chegada de Elton Welter mais tarde em lugar de Enio Verri na Câmara Federal, de certa forma, ajudou a dar mais peso político a Toledo.

Quando Schiavinato ainda era vivo, algumas obras importantes para a região, como a duplicação da BR-163 em direção a Marechal Cândido Rondon ou até mesmo para o Sudoeste ainda avançavam, assim como a liberação de verbas para a manutenção de serviços essenciais, como na área da saúde. Após seu falecimento, a região percebeu quanta falta faz um deputado, pois o suplente Valdir Rossoni destinou milhões em emendas para Bituruna, terra administrada por seu filho.

Esta semana Sperafico deu a demonstração da necessidade em manter essa força política ao destinar R$ 10 milhões à Hoesp/Hospital Bom Jesus através de emenda individual impositiva junto ao Orçamento Geral da União. Na prática isso significa dinheiro na conta e não numa eventual gaveta à espera de um milagre ou de alguma migalha, como temos observado no âmbito estadual, onde Toledo e essa microrregião tem sido tratada sem o devido respeito por sua importância econômica e social.

O nome de Sperafico pode não ser unanimidade, assim como o de Welter. Entretanto, tanto um quanto o outro serão fundamentais nos próximos anos na busca por recursos como este liberado esta semana ao Bom Jesus, que depende – e muito – deste tipo de verba para manter suas portas abertas e atendendo através do Sistema Único de Saúde. Além disso, a construção de uma nova sede também passa por este apoio político. E que esse exemplo possa servir finalmente de lição daqui três anos, quando haverá nova eleição e Toledo e sua microrregião terá uma nova chance em colocar nos lugares devidos seus representantes. Claro que isso passa pela escolha e o preparo de bons nomes, mas isso é assunto para outro dia.

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