Energias do presente
A comitiva do Ministério do Meio Ambiente, liderada pelo ministro Joaquim Leite, esteve na região Oeste do Paraná nesta semana. A viagem é para visitar unidades de geração de energia limpa, que servirão de referência para a implantação do programa de redução de metano do Governo Federal. A iniciativa incentiva a transformação de resíduos orgânicos, produzidos em âmbito urbano ou rural, em biocombustível, e contará com o auxílio financeiro de bancos públicos como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Na prática o ministro veio conhecer iniciativas que já estão gerando resultados. As energias renováveis não podem mais ser e energia do futuro. Precisam ser a energia do presente, justamente para garantir um futuro melhor! Um dos grandes temores desta guerra entre Rússia e Ucrânia é justamente a dependência gigantesca que a Europa como um todo ainda tem do gás produzido na Rússia, a ponto de vários dirigentes em seus discursos alertarem para a necessidade urgente dessa situação ser reduzida a quase zero.
No Brasil, onde os recursos naturais são praticamente inesgotáveis, a sensação era justamente o contrário: jamais isso acabará! Mas um dia acaba e a maior escassez hídrica no Estado do Paraná em 100 anos parece, enfim, ter aberto os olhos das autoridades para a necessidade de investir em energias renováveis como a solar, a eólica e, com destaque para o Oeste, no aproveitamento dos dejetos de suínos.
Usinas inteiras já começaram a ser construídas em cidades da região, sendo que em Ouro Verde do Oeste já funciona EnerDinBo, a primeira central de bioenergia em grande escala do Brasil. A unidade está localizada na área rural e utiliza dejetos de suínos de granjas da região. Ainda é pouco diante do potencial de Toledo e região, a ponto de uma cooperativa estar sendo criada justamente para aproveitar esse potencial.
Essas são as energias do presente e é preciso que o cidadão passe a se acostumar com o reaproveitamento de tudo, até porque os recursos naturais, sim, são escassos e quanto mais cedo houver a conscientização para mudanças, mais fácil será construir uma sociedade no futuro não apenas mais equilibrada, e também, mais saudável.