Os mais recentes números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados apontou Toledo uma vez mais com um saldo positivo no mês de setembro, além de terem consolidado o Estado do Paraná na liderança da Região Sul. O índice não é obra do acaso, mas sim fruto de uma indústria consolidada – e variada – assim como também um comércio que tem se mantido aquecido, apesar de anos difíceis neste período ainda onde a pandemia do novo coronavírus não foi por completo esquecido.
Mas há um fator que vem preocupando empresários, autoridades públicas e entidades como o Programa Oeste em Desenvolvimento (POD): a rotatividade dos colaboradores.
Alguns fatores são facilmente explicáveis, como baixa remuneração, falta de qualificação, ausência de planos de cargos e salários, insalubridade e até despreparo de líderes. Outros fatores são o sistema de auxílios infindáveis pagos no Brasil e que são mais ‘rentáveis’ até certo ponto para uma faixa importante de pessoas, geralmente as mais atingidas pela faixa de empregos onde existe essa maior rotatividade.
Fato é que, enquanto não houver uma mudança radical de pensamento e de atitude do sistema público nacional, dificilmente essa realidade – que não é apenas de Toledo – será alterada. Fato é que, hoje, é muito mais cômodo e rentável a uma pessoa sem muito estudo se manter como está do que trabalhar 8 horas por dia para receber um salário mínimo, quando sobra isso após tantos descontos.
Há uma altíssima carga tributária nos ombros dos empresários, assim como também dos próprios trabalhadores cujos salários são achatados por uma tabela do Imposto de Renda não corrigida há séculos e que tampouco será num curto período pelo simples fato de não existir a menor intenção de se abrir mão de uma receita tão importante e fácil.
O Caged mostra uma economia em alta, se recuperando após dois anos bastante complicados, entretanto, os números poderiam ser ainda mais positivos diante da realidade do Paraná – e de Toledo, claro – onde existe forte diversificação industrial, setor de serviços consolidado e um comércio fortalecido. Ah, claro, além de um povo que trabalha!
