As lições das Olimpíadas

Recém encerrada, a edição das Olimpíadas de Tóquio deixaram inúmeras lições àqueles que desejam realmente aprender com os ensinamentos que o esporte tanto traz. O primeiro ponto é que sem planejamento e investimento constante não se faz milagre. Foi-se o tempo onde uma medalha era fruto apenas do talento natural do atleta ou de uma equipe. Hoje em dia isso é cada vez mais raro acontecer. Sim, sempre surgirão super talentos, entretanto, isso só será possível com um investimento na formação de novos atletas e em diversas modalidades.

A segunda lição é que sem apoio e treinamento não é possível chegar em condições de igualdade numa competição tão acirrada quanto as Olimpíadas. Parece que neste sentido ao menos o Comitê Olímpico Brasileiro parece ter aprendido a lição e uma base em Portugal está sendo estruturada visando a edição de 2024 da competição, na França. Para Tóquio foi um embrião, muito em função da pandemia que impediu treinamentos no Brasil. E não é que o embrião trouxe resultado?

Outro ensinamento é que não basta se ter talento se não houver profissionalismo. Aqui poderiam ser citados várias modalidades onde o Brasil poderia ser quase imbatível, como são, por exemplo, os Estados Unidos no basquete feminino, mesma modalidade onde o Brasil ganhou um Mundial e uma medalha olímpica graças à geração de Hortência, Paula & companhia, mas que de lá para cá apenas caminhou para trás. Assim como o handebol, a natação e agora até o vôlei nacional parece estar meio tonto diante das irregularidades nos comandos destas e de outras confederações que parecem se transformar apenas em uma extensão dos domínios particulares de quem se acham os donos de certas modalidades.

Seria injusto comparar o desempenho brasileiro com China, Estados Unidos e Japão, os três primeiros colocados no quadro de medalhas nas Olimpíadas de Tóquio? Não, ainda mais porque os donos da casa têm uma extensão territorial imensamente menor que as terras tupiniquins, isso sem mencionar as dificuldades climáticas e ambientais tão típicas daquele pedaço de terra isolada do outro lado do planeta. As lições das Olimpíadas podem servir não apenas para o esporte, entretanto, resta saber se o bom e velho brasileiro está disposto a aprendê-las. Eis a questão!

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