Agricultura em luto. E em choque!

Nesta sexta-feira, quando se comemora o Dia do Agricultor, o campo no Oeste do Paraná ainda está em luto pelas vítimas da explosão nos silos da cooperativa C.Vale, em Palotina, que deixou um rastro de mortes e destruição às vésperas de uma data tão especial para as cidades da região onde mais se produz alimentos no Paraná. A triste notícia é ainda mais icônica por ter acontecido no silo de uma cooperativa, o símbolo máximo da eficiência do agronegócio paranaense e das força que o setor tem para a economia estadual. As cooperativas paranaenses são um orgulho e um pilar importantíssimo na sustentação de uma cadeia que fecha a semana em luto. E em choque!

Choque porque muitos do setor acreditam que o agronegócio pertence a uma categoria especial e inatingível. Quando tragédias como essa acontecem, escancaram a realidade que o agronegócio é um setor extremamente frágil ao mesmo tempo que é uma força quase incontrolável. Tragédias como essa revelam a necessidade de um olhar cada dia mais atento em procedimentos que ajudam a evitar tragédias e salvar vidas.

A explosão em Palotina foi uma fatalidade, entretanto, precisa ser usada para que novas lições sejam aprendidas por um setor que diariamente aprende e ensina. Lições para que fatalidades como essa não se repitam ou, caso aconteçam de novo, seus estragos sejam minimizados. O agronegócio é forte, imponente, mas ainda assim é frágil e depende de variáveis às vezes incontroláveis. Há alguns anos a maior seca dos últimos 100 anos no Paraná deixou ensinamentos poderosos sobre essa questão. Talvez essa tragédia em Palotina possa servir de base para outros ensinamentos.

Se algo dessa natureza acontece numa região e numa organização tão organizada e desenvolvida, é de imaginar a realidade em outros lugares ou corporações onde procedimentos de segurança nem sempre são seguidos à risca. O luto e o choque precisam ser digeridos, entretanto, passado o susto, é hora de lançar um olhar ainda mais atento para que o agronegócio paranaense siga apenas sendo portador de boas notícias e não de tragédias como essa.

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