A preocupação constante com a AIDS

O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA/SAE) do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar) é o serviço de referência no atendimento de pacientes com HIV/AIDS. Dados do CTA/SAE apontam que, em 2020, o CTA/SAE teve 73 novos casos para o HIV/AIDS, já em 2021, esse número foi para 122 novos pacientes, um aumento de 67% no comparado dos últimos dois anos, conforme mostra reportagem do JORNAL DO OESTE na página ao lado.

Isso demonstra o quanto o assunto precisa ser retomado o quanto antes, afinal, qualquer novo caso desta doença é fator de preocupação, isso porque ainda não existe cura. É possível ter uma vida normal, mesmo com o HIV? Sim, é possível, porém, contra o preconceito e contra os cuidados constantes pelo resto da vida ainda não foi descoberta uma cura. No caso dessa doença a prevenção segue sendo o caminho mais seguro a ser seguido.

Há muito tempo o JORNAL DO OESTE acompanha o trabalho desenvolvido pelo CTA/SAE, entretanto, falar de AIDS num país tão machista como o Brasil ainda é tabu. Falar de preservativos é quase como um deboche da masculinidade. Tocar no assunto (HIV/AIDS) ainda hoje é quase um crime. As pessoas parecem sentir medo, vergonha…preferem manter-se na ignorância por completo e, dessa forma, fazer aumentar o número de casos de uma doença até certo ponto fácil de ser controlada. Basta apenas ter uma vida sexual regrada!

A preocupação constante com a AIDS é essencial, não apenas para manter sob controle os números, mas principalmente para evitar um aumento de casos cujo sistema não consiga acompanhar, como acontece em alguns países mais pobres, onde a ignorância, o medo e o preconceito são ainda piores quando comparados ao Brasil.

Hoje receber um diagnóstico positivo pode não representar mais um atestado de óbito como era há alguns anos e exposta de maneira muito clara no célebre filme “Filadélfia”, estrelado por Tom Hanks. Porém, mesmo com os avanços em termos de tratamento, ainda assim é algo que precisa ser controlado e diagnosticado o quanto antes para que o tratamento possa surtir o efeito e a pessoa viva com a dignidade que merece.

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