A política da saúde

Segundo reportagem do JORNAL DO OESTE, de janeiro a junho deste ano, o CTA/SAE já recebeu 98 novos pacientes, sendo 48 deles, novos diagnósticos. Do total dos pacientes, o município de Toledo representa 39% dos novos casos em 2024. A infecção pelo HIV atinge todas as faixas etária de maneira significativa, entretanto, nos últimos anos, existe um aumento de casos entre homens sendo a faixa etária de 26 a 49 anos.

Por ser a cidade com maior número de pessoas da 20ª Regional de Saúde, área de abrangência de atendimento do CTA/SAE, já era de se esperar um índice maior em qualquer levantamento que se faça na área da saúde, entretanto, quando se trata de um assunto tão batido quanto a Aids, era de se espera rum número menor de novos casos. Quem sabe muito próximo do zero. Na prática não é isso que vem acontecendo. Na prática o número de casos segue aumentando. Não apenas em relação à Aids, pois como também mostra reportagem na edição desta quinta-feira, os dados sobre a dengue neste novo ano epidemiológico são assustadores na dengue. Assustadores talvez seja pouco para refletir o aumento absurdo de mortes relacionadas à dengue.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicou o último informe da dengue deste período epidemiológico, iniciado em 30 de julho de 2023. Cascavel (57), Londrina (52), Toledo (44), Apucarana (27) e Francisco Beltrão (19) lideram a lista de óbitos – foram confirmados e 610 mortes em decorrência da dengue.

Foram registrados mais 8.031 casos da doença e 39 óbitos na última semana. Somados aos dados do período, o Paraná contabiliza 939.453 notificações, 595.732 casos. Londrina (40.552), Cascavel (32.338), Maringá (23.232), Apucarana (18.619) e Ponta Grossa (17.440) foram os municípios com mais casos confirmados neste período epidemiológico.

O índice de aumento é de um surpreendente 4.400%.

Não se trata apenas de um lugar num ranking sombrio pelo maior número de óbitos ou de casos de Aids. Trata-se de enfrentar problemas graves de maneira diferente daquela que vem sendo feita até hoje. Talvez se deva dar mais ouvidos às equipes técnicas e deixá-las trabalhar com políticas de governo e não por políticas de governantes.

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