A moda em xeque

A pandemia mudou não apenas a forma das pessoas pensarem, mas também de agirem e se vestirem. A liberdade do homme office permitiu visuais menos formais e mais casuais, afinal, não havia mais a necessidade de determinadas roupas para determinadas ocasiões. Porém, com o retorno das atividades ao ‘novo normal’, muitas empresas estão se reorganizando sobre a forma de seus colaboradores se vestirem e até se comportarem.

O fato mais polêmico foi o “Guia de Estilo” elaborado pelo Banco Inter aos seus funcionários e que, após forte repercussão na internet, a empresa se posicionou afirmando que o guia passou por alterações. O documento foi elaborado junto à consultora de imagem Anna Fuzaro e traz algumas dicas de vestuário, mas também reúne questões que foram vistas como problemáticas.

O guia traz uma ideia de “guarda-roupa cápsula”, com peças-chave que podem ser combinadas entre si e que funcionam para qualquer estilo. Ele também traz exemplos de looks e como mesclar “formalidade e casualidade”. Mas foi “o que não fazer” que chamou mais atenção dentro da cartilha do banco.

Há uma página intitulada “os inimigos da imagem”, recomendando evitar, por exemplo, roupas com peeling (bolinhas no tecido); roupas amassadas ou furadas, com manchas ou partes desbotadas; unhas e sobrancelhas malcuidadas; maquiagem borrada ou excessiva; barba malfeita e cabelo sem corte; telefone celular com capinha velha, partes sujas, película quebrada; acessórios, calçados e bolsas velhos, sujos ou estragados; mau hálito, chulé…

Embora alguns pontos de higiene sejam óbvios, o Banco sentiu necessidade de reforçar. Normal ou exagero?

Fato é que, as startups trouxeram consigo uma nova cultura de trabalho, com escritórios e códigos mais informais do que em grandes corporações. Aos poucos, o movimento contrário também aconteceu: as empresas estabelecidas estavam se tornando cada vez mais casuais – fato que foi ainda mais acelerado pela pandemia e o home office.

Mas, com o retorno dos escritórios, este movimento continua ou vivemos o inverso, retornando à formalidade ao trabalho?

Há ambientes mais formais, como escritórios de advocacia, e outros mais informais, como startups de tecnologia. Mas o que faz mais sentido hoje é um alinhamento com o propósito do dia: se vai visitar um cliente formal, o ideal é vestir-se dessa maneira. Se a ida ao escritório é para ter conexão com as pessoas ou exercer tarefas do dia a dia, a vestimenta pode ser mais simples,

Bom senso. Isso nunca sai de moda!

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