A ministra no Oeste
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) começou na segunda-feira (10) uma rodada de levantamento no Paraná das perdas causadas pela estiagem em todas as regiões do Estado. A comitiva, que segue na estrada até sexta-feira (14), conta com a participação da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e de outras entidades representativas do agronegócio estadual. O destaque fica por conta da presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, programada para o encontro de amanhã (13), em Cascavel, onde também deverá estar o presidente da Faep, Ágide Meneguette.
A visita da ministra ao Oeste é simbólica, afinal, ela não poderá fazer nada diante da seca que assola a região e, literalmente, vem dissolvendo as culturas de soja e milho, com prejuízos prévios na ordem de 37%, segundo projeções do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab). Isso sem mencionar o prejuízo em outras culturas, o que certamente terá consequências na balança comercial paranaense e brasileira.
Tereza Cristina faz aquilo que se espera de quem ocupa um cargo de tamanha grandeza, ainda mais num dos setores mais importantes na formação do Produto Interno Bruto brasileiro. A ministra vem para ouvir, para servir como amparo num momento tão delicado para quem depende do solo para seu negócio prosperar. Não apenas ela, claro, afinal, Ágide Meneguette também representa este suporte. Mas o peso de um Ministro de Estado tende a ser mais incisivo num momento que pede serenidade e medidas de apoio ao setor.
A ministra no Oeste reforça sua imagem positiva perante o setor do agronegócio brasileiro e, de certa forma, ameniza a imagem negativa deixada pelo Governo Federal no episódio das enchentes na Bahia, quando o presidente Jair Bolsonaro viajou para Santa Catarina ao invés de visitar in loco e sentir a necessidade de sua população num momento tão delicado. Essa sensibilidade a ministra está tendo e sua presença em Cascavel demonstra sua preocupação em manter o agronegócio brasileiro com a moral elevada.
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