A máscara da consciência
Nesta quinta-feira (17) a Prefeitura de Toledo anunciou que vai adotar a mesma postura determinada pelo Governo do Paraná em relação às máscaras, sendo flexibilizado o uso em algumas situações. Há quase dois anos, desde abril de 2020, era obrigatório o uso das máscaras no Paraná e agora fica facultativo em espaços ao ar livre. A liberação também vale para crianças menores de 12 anos em espaços abertos ou fechados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) não impõe a obrigação nessa faixa de idade, mas recomenda a utilização. Para locais fechados (eventos, transporte público, trabalho ou comércio) e para indivíduos com sintomas de Covid-19 o uso segue obrigatório.
O prefeito Beto Lunitti disse que mesmo levando em consideração o quadro epidemiológico favorável, com baixo índice de ocupação dos leitos exclusivos para a Covid-19 na região (a Macro Oeste tem o menor percentual de ocupação de leitos entre as macrorregiões), o avanço da cobertura vacinal em Toledo (uma das maiores do Brasil com 94,22%) e manutenção do quadro de estabilidade do cenário após o Carnaval, Toledo optou em manter-se alinhado ao que determina o Estado do Paraná.
Na prática a determinação vai criar mais confusão que solução. O ideal, ainda mais num país tão complicado como é o Brasil, seria liberar de uma vez, até porque no calor das ruas o que mais se tem visto é pessoas sem máscaras. Imagine a cena: a pessoa está caminhando em torno do Parque Ecológico e resolve dar uma paradinha em qualquer estabelecimento comercial por ali: terá de colocar máscara. Aí sai e retira o utensílio de novo…Será uma confusão atrás da outra e o ideal seria liberar de vez.
Não que ainda não seja necessário seu uso, até porque uma nova variante parece estar chegando ao país e será necessário o monitoramento constante para saber qual caminho trilhar nesta luta incansável contra uma doença cada vez mais surpreendente. Será preciso que o cidadão passe a usar a máscara da consciência, algo que infelizmente desde o início desta pandemia ainda não aconteceu entre a maioria das pessoas que sequer concluíram o ciclo vacinal contra a doença e ainda acreditam em cada baboseira que é até difícil de acreditar.