A gestão pública
Após ficar com o primeiro lugar geral entre municípios com mais de 100 mil habitantes na etapa estadual do Band Cidades Excelentes 2024, Toledo figurou entre os três finalistas na categoria “100 mil a 500 mil habitantes”, ao lado de Criciúma (SC) e Catanduva (SP), que ficou em primeiro lugar. O prefeito Beto Lunitti e pelo vice-prefeito Ademar Dorfschmidt representaram o município no evento e, claro, comemoraram muito o prêmio.
O Prêmio Band Cidades Excelentes é considerado o “Oscar da Gestão Municipal” e resulta da parceria entre o Grupo Bandeirantes de Comunicação e o Instituto Aquila. A consultoria avalia – com recursos de big data, inteligência artificial e algoritmos – 73 indicadores oficiais que são classificados em seis pilares: governança, eficiência fiscal e transparência; educação; saúde e bem-estar; infraestrutura e mobilidade urbana; sustentabilidade; e desenvolvimento socioeconômico e ordem pública.
Mas, ao contrário do que pregam alguns integrantes, o prêmio não é apenas fruto da atual gestão. É reflexo de tudo que foi feito até hoje na história do município, uma história que começou em 27 de março de 1946: A data em que os primeiros colonizadores gaúchos chegaram à região e iniciaram a construção das primeiras casas. História oficial que se consolida em 14 de dezembro de 1952, com a emancipação política de Toledo. A partir dessa data, a cidade passou a ter sua própria administração e a se desenvolver de forma autônoma.
Com os erros e acertos Toledo foi sendo construída. Não se pode, evidente, tirar o mérito do atual prefeito quanto ao prêmio, entretanto, daí a sair espalhando que tudo feito anteriormente não presta ou só aquilo que vem sendo feito nesta gestão é correto é de uma hipocrisia sem tamanho. Até porque, embora a cidade seja uma das melhores do país, ainda há muito a ser melhorado em vários aspectos.
Os critérios avaliados são de tudo que a cidade possui e não apenas da atual gestão. Talvez seja um bom indicativo daquilo que está por vir na campanha eleitoral que se avizinha, a qual, tomando por base alguns discursos dentro da Câmara Municipal, tende a ser uma das mais debochadas dos últimos tempos.