A dengue e o verão

Se antes a questão da dengue dava uma trégua em alguns meses antes do verão, em Toledo, infelizmente, 2023 foi diferente. Como mostra reportagem nesta edição, houve registro de casos de dengue em praticamente todos os meses, algo bastante que preocupa demais quem atua no combate às endemias em função da chegada da estação onde mais se forma um ambiente favorável à proliferação do mosquito transmissor não apenas da dengue, mas também de outras doenças.

Também como mostra a reportagem, parece haver entre a população em geral um descompromisso em relação ao problema – sério – que a dengue traz. Não apenas aonde o foco é encontrado, isso porque o mosquito transmissor não respeita fronteiras. As pessoas, em geral, parecem não ter mais a preocupação em fazer o descarte correto do lixo e as imagens de contêineres com lixo espalhado em vários pontos da cidade são apenas uma demonstração desse comportamento irresponsável. O próprio registro de casos ‘fora de época’ é outro indicativo.

E olha que o Setor de Endemias tem aumentado seu efetivo e tem procurado trabalhar de uma maneira mais direcionada no atendimento à população, com agendamento para visitas em horários alternativos, sem mencionar as campanhas de orientação sobre a necessidade de se manter cuidados básicos, como não deixar acumular águas em vasos de plantas ou outros recipientes, manter sempre os quintais limpos, entre outras medidas que há décadas são mencionadas nesta eterna luta contra um inimigo sorrateiro.

A dengue e o verão são complementares e é justamente por isso a preocupação, afinal de contas apenas está se iniciando o período de maior gravidade em relação ao número de casos. Agora é tentar evitar que, de novo, Toledo, enfrente uma epidemia de casos e medidas extremas sejam necessárias para evitar um mal ainda maior.

A responsabilidade no combate à dengue não pode ser creditada apenas ao poder público, à gestão municipal. Combater a dengue é uma função de toda sociedade que precisa estar cada dia mais atenta, mais preocupada e mais responsável para manter os casos de dengue em patamares aceitáveis.

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