Coluna do Editor 24/01/2023
Viagem
Passei a semana fora porque tive de viajar às pressas ao Rio Grande do Sul acompanhar minha sogra que internou na UTI num quadro bastante delicado. Graças ao apoio de amigos importantes – e à tecnologia, claro – dentro do Jornal do Oeste consegui, mesmo à distância, ao menos manter essa Coluna em dia.
Surpresa
Dentro do possível fui trazendo informações sobre alguns acontecimentos em Toledo e região e, para minha surpresa, a diretora da Câmara de Toledo, Bárbara Brasil, pediu demissão após permanecer apenas 17 dias no cargo.
Pressão
Não sei o real motivo para essa saída repentina, entretanto, a pressão sobre sua relação com o novo presidente do Legislativo, vereador Dudu Barbosa, criou uma pressão muito forte. Dentro e fora da Câmara.
Família
A repercussão de alguns fatos descontentou a família, que pediu para ela não permanecer no cargo.
Indefinição
Pelo menos até ontem ainda não havia um novo nome para substituí-la.
Aeroporto
Por falar em pressão, a indicação de Igor Januário como responsável pelo Aeroporto Municipal Luiz Dalcanale Filho foi gigante e veio de quem tem uma relação antiga com o prefeito Beto Lunitti. Uma pena, já que Luciano Puzzi vinha fazendo um trabalho excelente na condução dos trabalhos há pelo menos uns 5 anos se não estiver enganado.
Capacitação
Também não sei até que ponto essa indicação de Igor vale ou não, pois para o cargo são exigidos alguns requisitos técnicos, algo que Puzzi tinha de sobra.
Pedágio
“Continuamos contrários à implantação das novas praças de pedágio em nossa região e ao modelo proposto. Os contratos são de 30 anos e os primeiros sete anos, devido ao processo licitatório e logo depois com a previsão de investimentos, necessários, visto que a infraestrutura rodoviária é deficitária, teremos um valor substancial a mais.” A declaração é do presidente da Primato Cooperativa Agroindustrial, Anderson Léo Sabadin.
Impactos econômicos
Sabadin salienta que o novo modelo de pedágio proposto para as rodovias federais continua preocupando as lideranças empresariais paranaenses, com destaque para o setor cooperativista. “A proposta aponta que haverá desconto inicial nos primeiros sete anos de implantação, período de investimentos, mas com uma elevação substancial após essa fase. Vale lembrar que já pagamos pelos serviços com a concessionária anterior, mas infelizmente pequenos investimentos foram realizados”, aponta Sabadin. Além disso, o modelo traz 42 praças, entre elas 15 novas, sendo uma delas projetada na BR-467, entre Toledo e Cascavel.
Penalização
Na opinião do presidente da Primato, a região mais produtiva do Paraná novamente será penalizada e perderá competitividade, visto que o Oeste, assim como Sudoeste e Noroeste estão distantes da capital e também do Porto de Paranaguá.
Produção
Na expectativa de que ajustes sejam feitos no novo modelo de concessão, Sabadin reitera sua preocupação “no âmbito das indústrias frigoríficas, das cooperativas e as esmagadoras de soja e trigo tendo em vista o inevitável aumento de custo”, diz. Ele cita ainda a interação produtiva entre os municípios, citando como exemplo que Toledo recebe produção de Cascavel e vice-versa, e há o processo de produção de rações que alimentam as cadeias produtivas de proteína animal.