Coluna da ADI 20/10/2020

Imposto Zero

O Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para soja e milho. O anúncio oficializado no último sábado, 17, pelo Ministério da Economia. A isenção temporária das tarifas tem como objetivo conter a alta de preços no setor de alimentos. Para a soja, a redução temporária será válida até 15 de janeiro de 2021 e abrange o grão, o farelo e óleo de soja. Quanto ao milho, o produto foi incluído na Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec), com redução de 8% para 0%, válida até 31 de março de 2021. A decisão foi tomada durante a 175ª Reunião Extraordinária do Gecex, por propostas dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no que tange à soja, e da Economia, no que se refere ao milho.

 

Fusão

As administradoras de shoppings centers brMalls e Ancar estariam negociando uma possível fusão, segundo nota publicada pelo o jornal O Globo. As duas operadoras têm, juntas, 55 estabelecimentos em seus portfólios. São 31 da brMalls, sendo quatro no Paraná, e 24 da Ancar Invanhoé, que não está presente no estado. Entre os motivos para uma possível fusão estaria uma reação aos prejuízos sofridos durante a pandemia, com o fechamento de lojas e atrasos no pagamento de aluguéis. Em resposta à notícia, a brMalls informou que “a companhia possui como estratégia a constante avaliação de oportunidades no setor de shopping centers”. “Neste sentido, a brMalls e Ancar realizaram estudos preliminares sobre a pertinência da combinação parcial de seus portfólios”, disse em nota ao mercado.

 

Menos atrativa

A soja brasileira começa a ficar menos atrativa aos importadores neste período de entressafra, já que a disponibilidade é baixa e os preços internos estão em patamares recordes. Assim, pesquisadores do Cepea indicam que a demanda se volta aos Estados Unidos, onde a colheita está em ritmo intenso, favorecida pelo clima. No Brasil, demandantes têm dificuldades em realizar aquisições de novos lotes. Com isso, os preços ofertados no mercado interno se aproximam dos verificados nos portos brasileiros. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná avançou 2,8% entre 9 e 16 de outubro, a R$ 157,8 a saca de 60 kg na sexta-feira, 16, e o Indicador ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá registrou aumento de 2,3% no mesmo período, a R$ 159,44/sc na sexta.

 

Inteligência Artificial

Ao completar seu primeiro aniversário, o Hub de Inteligência Artificial do Senai no Paraná segue firme na sua missão: acelerar a adoção das novas tecnologias pelas indústrias brasileiras. O Hub atua como um Centro de Provas de Conceito de Inteligência Artificial, ou uma “fábrica de POCs”, para que as empresas experimentem a aplicação de IA de forma acessível e ágil. Já foram desenvolvidos projetos em parceria com 13 empresas patrocinadoras: Bosch, Grupo Boticário, Unimed Londrina, Rumo Logística, Veltec Trimble, Cooperativa Integrada, Agrisolus, Sicoob Metropolitano, Farm Go, Cocamar, CNR, Acesso Digital e QExpert. A Residência em IA é um programa promovido pelo Hub do Senai que busca impulsionar a formação de profissionais para atender as demandas do mercado. Mais informações no site www.senaipr.org.br/tecnologiaeinovacao.

 

Proteção de Dados

A Rede Paranaense de Compliance realiza no dia 21 de outubro, às 16 horas, o webinar “Integridade e Compliance: cases de implementação de LGPD”. O evento vai debater de maneira prática a Lei Geral de Proteção de Dados. Serão apresentadas as experiências do Sistema Fiep, Volvo, KPMG, Philip Morris e Adama, que compartilharão seus diferentes projetos na área. O evento é aberto a toda comunidade e tem como público principal empresas com operação no Paraná que tenham interesse em compliance e gestão de riscos, governança corporativa e integridade. A Rede Paranaense de Compliance reúne empresas com operação no estado do Paraná e foi constituída em 2018 com o objetivo de disseminar a cultura de compliance. As inscrições são gratuitas. Mais informações: (41) 3271-9568.

 

Conscientização tributária

Promover a conscientização sobre a importância da arrecadação e a destinação dos valores arrecados, além de discutir a função social dos tributos. Estes são os principais objetivos da I Semana da Conscientização Tributária – Na busca de um (E)estado de igualdade social, promovida pela Secretaria Estadual da Fazenda e Universidade Estadual de Maringá (UEM), entre 26 e 30 de outubro. O evento, gratuito e aberto a toda a população, integra o Calendário Oficial de Eventos do Estado do Paraná e é o primeiro desde a sanção da lei 19862/2019, que instituiu a Semana Estadual de Conscientização sobre a Carga Tributária. Mais informações em www.semanatributaria.pr.gov.br

 

Teste rápido

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) planeja um sistema de testes que substituirá a quarentena compulsória. O objetivo é ajudar a recuperação do setor aéreo, em crise devido ao impacto da pandemia de covid-19. A IATA, como a associação é conhecida, representa cerca de 290 companhias aéreas globais e trabalha com a Organização da Aviação Civil Internacional e com a Organização Mundial da Saúde para implementar sistemas de testes escaláveis, acessíveis e rápidos, disse Conrad Clifford, vice-presidente regional da IATA para a Ásia-Pacífico. Embora a IATA tenha previsto em junho que as companhias aéreas perderão US$ 84 bilhões neste ano, esse número deve ser maior porque o mercado não teve a abertura esperada pelo setor. A associação prevê que a demanda por viagens só voltará aos níveis pré-covid a partir de 2024.

 

Navios de todo canto

Os portos do Paraná já receberam neste ano navios de 48 nacionalidades. De janeiro até setembro, 1.845 atracações aconteceram nos terminais de Paranaguá e Antonina. A bandeira mais frequente foi a da República das Ilhas Marshall, um pequeno país da Oceania, presente em 273 embarcações. Depois das Ilhas Marshall, as bandeiras que mais apareceram nas atracações nos portos paranaenses foram da Libéria (271), do Panamá (254), Hong Kong (188), Malta (166) e Cingapura (144). Quanto à nacionalidade das tripulações, a mais frequente é a filipina. Um levantamento feito por amostragem, entre março e agosto, mostrou que 32% dos trabalhadores embarcados nos navios que passaram pelo Paraná eram filipinos. Na sequência, aparecem os indianos, ucranianos, brasileiros e russos.

 

Escassez de contêineres

A falta de espaços disponíveis em navios para envio de café tem prejudicado alguns vendedores do grão. A pandemia afetou a economia brasileira, desvalorizando o real e reduzindo a importações, o que acaba gerando desequilíbrio no mercado de contêineres e atrasando o embarque de café. Em entrevista ao Canal Rural, o analista da Pharos Consultoria Haroldo Bonfá relata que, mesmo com uma boa safra, os problemas de logísticas interno e internacionais afetaram a comercialização. “Tivemos problemas com armazéns superlotados e problemas com a parte de logística internacional. Se explica uma grande parte disso pela diminuição de tráfego de entrada de contêineres, principalmente pela China”, afirma.

 

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