A mística roda da fortuna

Eduardo Klaue

            Parando um pouco para observar o mundo que nos cerca, podemos ver muitas coisas. Podemos ver as flores que brotam nos jardins, as folhas de árvores que balançam ao toque da brisa, as gotas de chuva ou orvalho que cae livremente fazendo uma linda dança ao tocar o solo.

Podemos ver também, o sorriso das crianças que brincam alegremente pelas calçadas, os jovens que passeiam irreverentes pela cidade, ou o ancião que caminha lentamente pelas ruas, podendo observar com plena propriedade as minúcias do mundo quase invisível que nos rodeia.

            Podemos agradecer por mais um dia, pelo trabalho, pelo sol, por nossa família, pelos amigos, pela comida na mesa, por uma casa onde morar, ou simplesmente por estarmos vivos.

            Podemos aproveitar um dia de chuva, para convidar os filhos e a garotada da rua para jogar bola de pés descalços, e depois convidar todos para comer bolinhos de chuva com suco, na área de casa.

 Podemos ensinar nossos filhos a fazer barquinhos de papel e soltá-los na corredeira, ou nas poças de água que se formam. Podemos também ensiná-los a soltar pipa em uma manhã de domingo ali mesmo no lago, ou a confeccionar seus próprios aviõezinhos de papel.

            Podemos aproveitar o dia para nos debruçar sobre livros e aprimorar nossos conhecimentos, ir à igreja para reforçar nossa fé, deitar no sofá para assistir “aquele filme”, ou simplesmente reunir a família para contar histórias do tempo da vovó.

            Podemos sair para passear, visitar amigos ou parentes, escutar música no carro, ou arrebentar as paredes do quarto tocando aquela guitarra ou bateria.

            Na realidade, podemos muito, temos muito, fazemos muito, mas infelizmente aproveitamos muito pouco de tudo isso, e agradecemos menos ainda.

            Com todo este mundão de Deus, cheio de coisas boas, muitas pessoas acabam focando suas vidas em pequenos pontos que as incomodam, transformando isso em um monstro devorador de felicidade. 

            É claro que sempre irão existir momentos em que estaremos chateados com coisas que aconteceram, ou que não aconteceram. Ficaremos tristes com as atitudes de outras pessoas, ou pelo que fizemos a elas. Isso é coisa normal.

            O grande problema é que uma parcela imensa das pessoas acostumou-se a ver o mundo de uma forma repulsiva e dramática. Não conseguem mais sentir o sabor de uma simples caminhada ao redor da quadra onde moram, nem sorrir ao ver uma criança fazendo pirraça.

            Ficam imersas nas dramáticas notícias da TV, das colunas policias, ou das conversas e causos tristes que ouvem por ai. Perdem sua felicidade por antecipação e sofrem pelo que provavelmente nunca sentirão.

            Criam um mundo terrível e entram dentro dele. Deixam suas mentes serem dominadas pelo inimigo invisível. O do medo do desconhecido.

            Então passam a não ver mais as coisas lindas do mundo, pois suas mentes já se tornaram doentes, sem estarem doentes, tomadas pelo mundo das sombras. E jogam fora uma vida cheia de maravilhas, e oportunidades, que todos vêem, só ela não.

            Então, com o tempo a Roda da Fortuna percebe que não está sendo útil, e começa a mover-se para outros lugares, onde mentes sadias a esperam com felicidade. Mentes sadias que acreditam que Deus as está provendo, pois descobriram o segredo da simplicidade capaz de conectar o que está em cima, com o que está em baixo.

            Mesmo sem poder aproximar-se da pureza da luz inicial, mentes sadias atraem Rodas da Fortuna. Onde o mal, e quem promove o mal, serão consumidos pelo que é justo e correto, o fogo que nunca se apaga. Então não há com que se preocupar.

Mas se ainda assim, as coisas ficarem difíceis, não espere um só momento, procure ajuda… Ajuda da Terra &, Ajuda dos Céus.

Um abraço do Klaue!

eduardo.klaue@klauecosulting.com.br

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