Segurança do paciente no ambiente hospitalar

Gisele Panegassi

A pandemia reacendeu uma preocupação muito comum em ambientes hospitalares: o risco de infecção hospitalar relacionada à assistência à saúde (IRAS). Com um alto número de pessoas internadas em unidades de saúde, seja em ambulatórios ou em unidades intensivas, o perigo de contaminação cresce gradativamente.

Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde, em países de baixa e média renda, estima-se que o número de infecções hospitalares é de 10%, que alteram entre risco, alto, médio e baixo. No Brasil, a taxa de infecção hospitalar chega a 14%. é importante ressaltar que o conceito de infecção hospitalar inclui todos os processos infecciosos, que não foram identificados na admissão do paciente na entrada ao hospital e que se manifesta durante a sua permanência.

Em geral, essas infecções são agrupadas como entéricas, respiratórias, cutâneas e gerais e o aparecimento da infecção é determinado pela interação entre agentes mórbidos com o meio ambiente e o homem. Após essa breve explicação, é possível entender o quanto as infecções hospitalares se mostram um problema desafiador nas unidades de saúde, principalmente, por existir um aumento significativo na taxa de mortalidade. Elas trazem dificuldade e riscos à saúde, tanto dos pacientes, quantos dos profissionais.

É devido a isso que foram desenvolvidos vários investimentos em práticas funcionais que aprimoram o controle e redução de casos. Assim, como forma de prevenção, existem práticas extremamente rotineiras que precisam ser cumpridas e auxiliam nos cuidados para evitar as infecções hospitalares, como lavar as mãos, realizar precaução de contato, utilizar as roupas certas, manter os protocolos de limpeza local e esterilizar materiais hospitalares, sendo este último muito importante, pois é a porta de entrada para iniciar todo o processo de infecção hospitalar relacionado a assistência à saúde, tendo em vista que há contato tanto interno, quanto externo, em pacientes e profissionais da saúde.

No mercado existem diversos tipos de tecnologias que automatizam os processos de desinfecção e esterilização, e é por isso que vale ressaltar a busca por tecnologias que levem segurança para pacientes e equipes médicas, assegurando a rastreabilidade do processo e do dispositivo médico.

Neste sentido, é imprescindível a utilização de um ecossistema único no qual os equipamentos estejam conectados para que seja possível assegurar a rastreabilidade durante todo o ciclo a partir de uma tecnologia que permite a captura e transferência de informações para a nuvem, tornando-as seguras e acessíveis em toda a cadeia produtiva.

Desta forma, concluímos ser necessário cuidados minuciosos, tanto pessoais, como no uso de tecnologia para evitar a disseminação das infecções hospitalares nas redes unidades de saúde. Além de atrasar a recuperação do paciente, há um aumento no custo com as internações e até mesmo levar a complicações mais graves. Por isso, toda ação realizada para evitar as infecções hospitalares precisa ser considerada para preservar a saúde dos pacientes e, principalmente, dos profissionais que atuam nos hospitais.

Gisele Panegassi, é Gerente de Marketing da Advanced Sterilization Products Brasil.

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