Perdão sempre

A palavra perdão vem do latim perdonare e tem o significado de doar, doação, abrir mão de algo. Quem perdoa passa seu direito de se ressentir, de ficar magoado. Exercer então a indulgência realiza caridade para si e também para o outro. Todavia, mais do que ajudar o outro, quem releva ajuda mais a si, de se limpar como maneira higiênica de manter a saúde e a paz mental. Tristes são aqueles que não perdoam, que não doam e não dão a chance de superar tais sofrimentos. É ficar preso a uma situação ruim, de voltar a reminiscência de certos momentos acreditando que poderia fazer algo diferente. Aceitar o que aconteceu, ceder as dores e renovar-se para que o futuro seja afirmativo na vida são práticas salutares para uma existência feliz.

Nesta grandiosidade que se destaca o mestre Nazareno. Em um tempo ainda impregnado da lei de Talião, “do olho por olho, dente por dente”, Jesus Cristo ensinava o perdão e o amor como o caminho correto para a verdade e a vida. Perdoar até setenta vezes sete, pois na imensidão da existência, não sabemos o que já fizemos lá atrás. Na infinitude do progresso, amar é a melhor estratégia e prática para se alcançar a autêntica felicidade. Perdoar e amar são duas facetas de uma mesma moeda, a de Deus. Quem ama perdoa e quem perdoa ama. Mais do que jogos de palavras, o sentimento e a razão que facilitam uma vida repleta de realizações, conquistas e luzes pessoais. Mais do que a riqueza material, as luzes do conhecimento e do amor para adornar nosso brilho, nosso espírito, nosso futuro.

Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

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