O resgate da empresa missionária pode salvar seu negócio

Ainda trazíamos aquela típica esperança que aflora no réveillon: ano novo, projetos e expectativa alta. E, embora já houvesse alguns sinais que um vírus do outro lado do planeta pudesse se transformar em pandemia, as projeções para 2020 seguiram otimistas. O cenário mudou e em março fomos atingidos em cheio, trazendo-nos, a tiracolo, uma crise de enorme dimensão. O que fica para nós, agora, diante de tal dificuldade macroeconômica, é como os empresários, grandes ou pequenos, podem percorrer este momento que vivenciamos sem muitos arranhões.

Certa vez, ouvi um sábio conselho de um aluno, diretor financeiro de um grande grupo, que me disse à época: “a Bíblia é o melhor livro de negócios de todos os tempos”. Curioso, comecei então a ler o Livro, tentando manter a racionalidade de um homem de negócios. E, transcorrendo a leitura, percebi que a raiz de tudo o que fazemos para atrair e manter clientes existe há séculos. Independente de qualquer crença, na Bíblia encontramos as melhores práticas de liderança, recrutamento, entrega e reuniões motivacionais. Com olhar empresarial, pude perceber que todos os itens listados acima estão conectados à uma única coisa: à missão.

É fato que, ultimamente, o propósito se sobrepôs a missão, dando a percepção de que devemos preferir olhar para nós ao invés de olhar para o outro. O ‘eu’ coordena nossas decisões e o resultado nos trouxe a importância dos ‘por quês’ acima dos ‘o quês’. No entanto, em momentos de crise, como o que estamos vivendo agora, isso está longe de ser suficiente para salvar as empresas e precisamos aprender mais a exercer os ‘o quês’ se quisermos contribuir e sobreviver. Com foco em propósito, pensamos: “por que eu vou fazer algo?”. Enquanto o pensamento, em missão, é “como posso garantir que o outro se transforme em algo melhor?”.

A questão principal é: se não estivermos focado no que fazer, responderemos efetivamente as novas necessidades dos clientes, que mudaram com a pandemia causada pelo novo coronavírus? Estamos prontos para fazer o que é preciso e nos adaptar rapidamente, colocando a missão à frente do nosso propósito? Por isso retomo o conselho do meu aluno. É na Bíblia que encontramos que as pessoas são atraídas pela promessa de cumprimento da missão de Jesus e não pelo propósito Dele. Sua missão nos serve bem e o objetivo de Sua vida somos nós, que nos transformamos, e não Ele próprio.

Sendo assim, crise existe quando você não consegue mostrar ao cliente que sua verdade pode e irá mudar a situação problemática dele. É o seu trabalho que irá ajudá-los a superá-la, pois isso é a missão e fazê-los perceber qual é o seu verdadeiro compromisso, garante a continuidade dos recebimentos, uma vez que eles passam a vê-lo como essencial. Portanto, pergunto: o que você pode fazer para transformar seu cliente em algo melhor? Você está pensando e agindo em consonância com sua missão todas as vezes que faz contato com eles? Estou certo de que as empresas missionárias serão as que conseguirão sair fortalecidas desse momento e, mais do que nunca, é hora de pensar no que fazer e agir rapidamente para manter o foco na evolução dos clientes.

Eduardo Pacheco é CEO & Co-Founder Obvia Education Technologies; Co-Founder Park Idiomas Franchising;Co-Founder & Co-President Park Education Group

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