Efeitos da mudança de temperatura e ciclone no agro

Alexandre Francisco de Andrade (*)

Todos os anos, nas atividades agrícolas, as mudanças climáticas afetam negativamente o crescimento das plantas e todos os sistemas agrícolas. Um alerta de ciclone pode desencadear fenômenos com intensas chuvas, vendavais e granizos. Imagine um ciclone extratropical capaz de cobrir um continente e causar desequilíbrio com o ar quente e úmido em determinadas regiões ou em áreas quentes e áreas frias.

O ciclone é uma força da natureza que soma tempestade circular intensa com baixa pressão atmosférica, ventos e chuvas fortes, com uma energia incrível, capaz de gerar ventos que podem exceder mais de 100 km por hora. Os seus danos são dramáticos e prejudiciais, pois seu tempo de permanência num local depende do tamanho e velocidade da tempestade. Com seus ventos mais fortes a cada ano, podem danificar diversas culturas agrícolas.

Recentemente, assistimos a escala crescente de volumes de chuva e granizo em diversas regiões do Brasil. E com isso, o excesso de umidade vai afetar, principalmente, a produções de fruticulturas, arroz, trigo, milho, áreas próprias para pastagens e demais cultivos de inverno. Outro fenômeno de alerta, é a incidência de geadas. Para o IBGE, “os principais destaques da safra 2023 são as estimativas da produção de soja, milho, trigo e sorgo.” Com a soja, a produção deve chegar a 148,4 milhões de toneladas (alta de 0,1%). Quanto ao milho, a estimativa foi de 124,5 milhões de toneladas (28,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 96,3 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10 milhões de toneladas; a do trigo em 10,6 milhões de toneladas; a do algodão (em caroço) em 6,9 milhões de toneladas; e a do sorgo em 3,8 milhões de toneladas.

Esse cenário será afetado com os resultados das últimas alterações climáticas em nosso país. Teremos efeitos negativos com o rendimento das grandes culturas, pois o desequilíbrio na temperatura causará redução de produtividade e destruirá plantações em diversas regiões. A preocupação e incertezas entre os agricultores aumentarão com as elevadas e descontroladas mudanças climáticas presentes em todo o mundo. Mas o que é necessário para mitigar esses riscos? Com uma abordagem inovadora, as práticas da agricultura inteligente para o clima, em muitos negócios agrícolas, podem reorientar atividades em seus sistemas, aumentar a produtividade sustentável e garantir a segurança alimentar.

(*) Alexandre Francisco de Andrade é coordenador na área do Agronegócio no Centro Universitário Internacional – Uninter.

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