Domingo

Domingo pela manhã, como sempre, fui a Santa Missa na Paróquia São Cristóvão – Toledo, me chamou a atenção a quantidade de gente presente na celebração e comentei com meu filho sobre o fato. Me disse que é sempre assim e que nas missas da noite, sábado e domingo, a presença de público é ainda maior, sendo necessário orientar as pessoas onde encontrar lugar para sentar. Numa época em que os bancos das igrejas estão cheirando a mofo e teia de aranha, onde o sagrado é coisa do passado e a indiferença religiosa é premente, me perguntei qual o real motivo de uma presença tão marcante de fiéis nesta paróquia. Alguém poderia dizer que é porque a missa é badalada, cheia de cantos, músicas e louvores de todo tipo, com o padre fazendo jus ao melhor interprete sertanejo. Ao contrário, ali se reza tudo dentro do rito do missal romano, inclusive com cantos apropriado ao tempo litúrgico.

Encontrei alguns motivos que me levam a acreditar o porquê das pessoas participarem em maior número daquela comunidade; vou citar apenas três:

O celebrante é a pessoa mais importante da celebração e ele vem carregado de uma humildade tamanha de dar inveja a Santos; apesar do esmero no vestir, é a representação pura do melhor jeito paroquiano, onde todos se sentem incluídos na sua forma de ser e estar. Pe. Luís é sem dúvida o grande conector entre Deus e sua comunidade.

A Eucaristia e a Proclamação da Palavra são os ícones do momento celebrativo e a Palavra de Deus deve ser anunciada, partilhada e vivida no âmbito comunitário. Como diz o Apóstolo Paulo: a Fé provem da pregação da Palavra e como vão crer se não há quem pregue. A Homilia ou o chamado sermão é de suma importância para que isso aconteça, e o Pe. Luís o faz muito bem, levando as pessoas a compreenderem sua participação no plano salvífico de Deus, a presença de Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas com vistas a eternidade junto Dele. Em suma, nas entrelinhas de sua homilia, está o que todo cristão vai e deve buscar: a sua Salvação e o encontro definitivo com Cristo. É preciso dar pão, mas o melhor alimento é a Palavra de Deus.

Outro ponto não menos importante é a comunidade orante. Cada qual no seu jeito e no seu espaço, faz com que a comunidade respire oração. Isso se comprova pelo espírito comunitário, testemunho, dedicação, respeito e zelo com que cada atividade é cuidada e executada.

Que outras paróquias possam se inspirar no jeito de ser desta comunidade para que mais fiéis se sintam chamados a participar e encontrar o verdadeiro tesouro, que é o Cristo Senhor.

Nelson Antonio Sebben, peregrino

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