Construtor da vida
Para Goethe, erudito alemão do século XVIII, “somos designados à vida e não à observação”. É essencial assumir a postura de protagonista da própria existência e singrar os mares que darão plenitude à sua missão e vocação de vida. Todavia, para saber qual direção ir é preciso saber aonde se quer chegar. Para isso, o exercício do autoconhecimento é fundamental. É vasculhar em suas fibras íntimas, sua casa mental, fortalezas e potenciais os rumos de interesse e desenvolvimento. Fazer com amor e alinhado com os valores pessoais é requisito vital para que se tenha um profissional prestativo e motivado a longo prazo. Somente assim teremos pessoas satisfeitas consigo mesmas e com sua profissão. Caso contrário, como expressa um conceito da educação financeira, o boleto do final do mês será o grande incentivador. Mas, neste caso, a motivação e a excelência podem ser duvidosas. Os ganhos podem não superar as perdas.
Viver de forma plena exige então não apenas autoconhecimento, mas vontade para vencer os desafios da caminhada. E como diria o filósofo Nietzsche: “quando se tem um porquê, consegue aguentar quase todo como”. É a superação dos empecilhos como maneira de avançar na profissão e na vida. Quem realiza esta superação acumula valiosos conhecimentos e experiências que o colocam em novo patamar. É o amadurecimento na vida. Apenas assim conseguiremos deixar de lado o ego infantil para o ser cósmico que constrói a realidade de maneira sensata e digna de aplausos da própria consciência.
Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp