CAMINHOS DO SUCE$$O
Saudáveis, ricos e felizes
Dias atrás, em uma conversa com empresários bem sucedidos de Santa Catarina, plenamente ligados com o mundo empresarial, e que investem muito em seus negócios – alguns conhecidos e outros anônimos para a maioria local -, lembrávamos dos chavões antigos, provavelmente criados para reduzir nossa ambição, que diziam mais ou menos assim: “sou pobre, mas tenho saúde”, “dinheiro não trás felicidade”, “todo o rico é egoísta”, “quem poupa tem, quem gasta perde”, “quem tudo quer tudo perde”, “rico não vai para o céu”.
Pelo que observo, estas frases não fazem parte do cotidiano destas pessoas. Elas investem muito nas suas empresas e em seus funcionários, gastam bastante dinheiro em Marketing estratégico e de relacionamento, bem como em treinamento e publicidade. Buscam produtos de ponta e estão sempre atualizando as ferramentas e performance de seus negócios, utilizando-se de pesquisas como base para seu crescimento. Fazem generosas doações, gastam bastante dinheiro em viagens, lazer, formação e acima de tudo, estão intimamente ligados à fé e a religião.
São eles ricos, felizes, saudáveis, e ainda mais, plenamente agradecidos a Deus por isso. Pessoas sérias, honestas, de bem, e ainda, muito solidárias. Que vivem a vida sorrindo, como forma de agradecer por tudo o que conquistaram e ainda vão conquistar.
Estes exemplos, costumo levar para as pessoas simples que tenho conhecido cada dia mais. Vejo que muitas já começam a sentir a importância do estudo, dos bons relacionamentos, da religião, e da capacidade que cada um possui em crescer na vida, bastando para isso que aceite colocar um tijolo após o outro. É claro que leva algum tempo, mas vale à pena.
Anos Atrás, fui convidado para almoçar em uma casa muito simples, de pessoas educadas e de bem. Lá estavam também dois jovens filhos do casal, um cursando o segundo e o outro o primeiro grau, mas que tinham certa resistência a importância do estudo. Me disseram que gostariam de trabalhar, ganhar dinheiro e que não conheciam ninguém por ali que tinha estudado e subido na vida com isso.
Então eu os convidei para que no próximo final de semana se preparassem que eu iria lhes mostrar algo interessante. No dia marcado, levei os dois para comerem em um restaurante da região. Disse-lhes que poderiam pedir o que tivessem vontade de comer. Um perguntou: – Pode mesmo, refrigerante e sobremesa também? – É claro. Respondi.
No momento em que o garçom chegou à mesa falou: – Bom dia Professor Klaue, o que desejam comer? Os pedidos foram feitos, e a todo o momento o garçom chegava e dizia: – Professor, alguma coisa a mais?
Depois do almoço os levei para casa onde a mãe já nos esperava com um cafezinho saboroso. O pai logo chegou e perguntou: – E aí, aprenderam muita coisa com o professor? O mais jovem cutucou o mais velho que disse: – Eu nunca tinha ido a um lugar e pedido para comer o que quisesse, e o garçom já conhecia o professor, pelo nome de “professor Klaue”. Aprendemos que se nós estudarmos, mesmo demorando um pouco, poderemos ter um trabalho melhor e também ser reconhecidos e bem atendidos nos lugares. Pai e mãe, nós decidimos agora estudar de verdade, podem nos cobrar. Um dia vamos levar vocês a um lugar igual ao que fomos hoje, sem perguntar quanto vai custar e o garçom vai saber o nosso nome também. Nós prometemos.
Vejam que o almoço em um bom restaurante, com certeza está na altura dos vencimentos de um professor, e saber o nome de clientes é coisa habitual, mas para muitas pessoas pode ser apenas um sonho distante e se tornar motivo para que observem o a vida de uma forma diferente.
Voltando agora a vida dos empresários citadas acima, o que tenho a dizer é que precisamos mostrar às pessoas que vale a pena lutar por uma vida melhor. Que ter dinheiro e saber usá-lo para o bem é uma dádiva, e contribuir para que os outros se tornem afortunados e felizes é nossa missão.
Cada jovem ou adulto que ajudamos a ver o mundo de uma forma promissora, e os motivamos a lutar por uma vida melhor, são menos pessoas esquecidas pelos cantos das ruas, desesperançosas e a mercê das tentações do lado oculto do mundo.
Na semana que passou, recebi um telefonema de um jovem que há mais de trinta anos, quando cheguei a Toledo, lustrava meu sapato na porta do Hotel. Agora é vice-presidente da indústria em que era diretor e ainda recebeu 10% das ações tornado-se sócio. Para variar, já fui convidado para mais uma palestra de final de semestre na querida e rica São Paulo.
Cada dia mais, me convenço que vale apena ajudar outros a crescerem. A isto eu chamo de investir nas pessoas. Sucesso e um braço do Klaue!
EDUARDO KLAUE
e-mail – eduardo.klaue@klaueconsulting.com.br