Afinal, o que é recuperação de créditos?

Depois da pandemia do corona vírus, que perdurou até o final do ano de 2021, a inadimplência nos mais diversos setores da economia se tornou uma realidade assustadora, e o empresário que não busca por alternativas para minimizar os efeitos negativos dela, com certeza ficará um passo atrás de seus concorrentes.

Para manter a boa saúde financeira das empresas, principalmente neste momento de instabilidade, é preciso investir em um setor delicado e que gera muito burburinho: a cobrança dos clientes inadimplentes.

Seja você é um prestador de serviços ou comerciante, manter uma boa saúde financeira vai além de gerenciar custos e conquistar clientes, é necessário dar atenção ao pós-venda e analisar se você não está tendo prejuízos com a falta de pagamento do produto ofertado no mercado.

Uma boa ferramenta para manter a saúde do seu negócio é a recuperação de créditos, ou, no linguajar mais popular, a ‘cobrança’ de valores não recebidos pela empresa.

Muitos empresários ficam receosos, ou até mesmo desconhecem o termo “recuperação de créditos”.

A resistência pode ocorrer por diversas razões: alguma delas podem ser porque o empresário acredita que a cobrança pode prejudicar o relacionamento com seu cliente, ou porque enxerga a recuperação como mais um gasto com a assessoria jurídica.

Atualmente, além de ser necessário conhecer de boas técnicas de negociação, é preciso observar fatores como dimensionamento do mercado e relacionamento com o cliente, além de utilizar de ferramentas tecnológicas que auxiliem na retomada do crédito perdido.

Nas relações comerciais, desde os primórdios, a cobrança era feita pelo próprio credor, de forma pessoal. Hoje em dia sequer conseguimos visualizar esse cenário dentro das relações comerciais, haja vista a proporção que as relações humanas tomaram, com o advento da tecnologia.

Com a digital, começou o movimento de automação dos processos, com utilização de ligações automáticas, envio de mensagens e a terceirização da cobrança para os famosos “call centers”.

No entanto, essas ferramentas trouxeram aversão do cliente/consumidor, pois se sentiam importunados pelas ligações e falta de naturalidade no atendimento, trazendo um sentimento de desconexão com a empresa.

Nos últimos anos, as empresas viram a necessidade de agilizar o processo de cobrança e, ao mesmo tempo, tornar o contato com o cliente mais natural e menos inoportuno.

A profissionalização desse setor trouxe resultados positivos às empresas que entenderam a importância de ter a recuperação de créditos ativa, sem, contudo, abalar sua relação com o cliente.

Aliado ao trabalho de recuperação dos valores que a empresa tem a receber, é interessante notar os resultados positivos das empresas que adequam sua documentação, seja ela um contrato, nota fiscal ou boletos, de acordo com a legislação, a fim de possibilitar e viabilizar uma ação de cobrança no judiciário.

Com certeza este é um assunto muito delicado e não é o foco do empresário. Justamente por isso, a terceirização pode ser uma ótima opção para quem busca minimizar o impacto negativo da inadimplência dentro do seu negócio, e, assim, aumentar seu faturamento.

Carla Giacomini advogada, especialista em Direito Corporativo e do Agronegócio, sócia da Priesnitz Gnas Giacomini | Advocacia Empresarial.

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