Ciência e tecnologia: alunos de colégio de Cascavel são premiados em feira internacional
Um grupo de alunos do Colégio Agrícola Agroinovação Professor Moacir Benedito Leme da Silva (CEEP), de Cascavel, obteve a 3ª colocação na categoria Ciências Agrárias Nível Médio/Técnico na 14ª Mostra de Ciências e Tecnologia do Instituto Açaí (MCTIA), que aconteceu em Ananindeua, no Pará.
Um grupo de alunos do Colégio Agrícola Agroinovação Professor Moacir Benedito Leme da Silva (CEEP), de Cascavel, obteve a 3ª colocação na categoria Ciências Agrárias Nível Médio/Técnico na 14ª Mostra de Ciências e Tecnologia do Instituto Açaí (MCTIA), que aconteceu em Ananindeua, no Pará.
Eles participaram do evento com 300 estudantes dos ensinos Infantil, Fundamental e Médio de escolas públicas e privadas de 18 estados brasileiros, além de jovens de outros países como Argentina, Chile, Espanha, México e Turquia, que concorreram em diversas categorias estabelecidas a partir das ciências – exatas e da terra, biológicas, da saúde, agrárias, sociais, humanas e engenharias e suas aplicações.
Os estudantes Amanda Neves, Gustavo Baroni e Larissa Martins Gomes, do 2ª série do curso de técnico agrícola, orientados pela professora Giovana Perin, da disciplina de Agroindústria, apresentaram uma pesquisa sobre a “Avaliação física da qualidade de hambúrgueres de carne bovina submetidos a diferentes métodos de cocção”.
Eles garantiram a vaga no evento após serem premiados em uma feira local como destaque da categoria em ciência de materiais. “A partir dessa experiência e da premiação, pretendo continuar desenvolvendo mais e mais pesquisas nessa área para poder contribuir e participar de novas feiras como esta. Foi incrível”, diz Amanda Neves.
Durante a programação, na semana passada, os alunos participaram de ilhas de conhecimentos como espaço maker e robótica, jogos cognitivos, espaço para exposição da biodiversidade amazônica e sobre as organizações de apoio à educação e cultura.
As áreas de alfabetização, iniciação e produção científica, bem como sua divulgação e incentivos, voltados à educação e à cultura, nas ciências e suas tecnologias estiveram no foco da feira nestes três dias. “Foram dias de muito aprendizado, porque, além de mostrar nosso trabalho, pudemos ver outras pesquisas e conhecer ainda mais sobre a cultura local”, ressalta Gustavo Baroni.
Para Larissa Martins, foi possível perceber que ainda há muito a ser explorado na ciência e ela pretende continuar nessa descoberta. “Esta premiação e esses dias aqui me fizeram ver como um evento como este é importante para a troca de ideias e como é possível oferecer soluções para o dia a dia das pessoas”, reflete.
O Colégio Agrícola de Cascavel é uma das 23 instituições (21 agrícolas e duas florestais) nessa modalidade ofertada pela Secretaria Estadual da Educação(Seed/PR). É uma instituição de ensino gratuita, que busca a excelência no processo educativo por meio da pesquisa científica, permitindo que jovens do campo e da cidade sejam capacitados para atuarem no desenvolvimento da agricultura e da pecuária de forma inovadora, eficiente, sustentável e competitiva.
O coordenador pedagógico Ricardo Munhoz destaca que o grupo foi classificado para apresentar a pesquisa, devido à relevância do tema no setor da pecuária e da segurança alimentar. “Quando uma escola promove trabalhos de pesquisa científica, muitas coisas positivas podem acontecer, como desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico e resolução de problemas, assim como a formulação de perguntas, a coleta e análise de dados, a interpretação de resultados e a apresentação de conclusões, além do estímulo à curiosidade e ao amor pela ciência”, afirma.
A pesquisa científica, segundo ele, desperta a curiosidade e o interesse dos alunos pelo mundo ao seu redor. “Dessa forma, entendemos que ela é uma das ferramentas mais eficazes para que o estudante alcance o protagonismo na sua formação”.
PROJETO – O projeto surgiu durante uma aula sobre tecnologia de carnes e seus derivados, quando foi proposto aos alunos uma análise quanto ao peso final de hambúrgueres de carne feitos sob diferentes formas de cocção.
“Com isso, surgiu junto a este grupo de alunos a curiosidade em avaliar demais parâmetros e verificar realmente qual seria a variação de aspectos físicos e químicos, além da qualidade apresentada em hambúrgueres de diferentes cortes de carne, feitos sob variados métodos de cocção”, conta a professora Giovana.
Após o experimento, chegou-se à conclusão de que as carnes bovinas cozidas por condução em forno convencional a gás (180°C) foram as que apresentaram melhor rendimento, indicando que esta maneira de preparo preservou mais a suculência do alimento
Os hambúrgueres cozidos por radiação (em forno de micro-ondas) também mantiveram a suculência, ficando visivelmente parecidos com os submetidos à condução e como vantagem tiveram um tempo menor de preparo. “O teor de água presente nos produtos cárneos faz com que haja maior aceitação para o consumo, por serem mais macios, suculentos e consequentemente mais saborosos”, analisa a professora.
Da AE Notícias
CASCAVEL