Casa de Maria: projeto Nutrindo a Vida melhora qualidade de vida
É primordial manter corpo e mental saudável desde a infância. O excesso de peso faz com que as crianças fiquem mais propensas para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes ainda jovens. A Casa de Maria, com o intuito de zelar pela saúde das crianças participantes, desenvolve ações com foco nutricional, como o projeto Nutrindo a Vida. Os resultados envolvem crianças com o peso ideal e praticantes de uma alimentação saudável.
“A Casa de Maria conta com o projeto Nutrindo a Vida, onde é oferecida cerca de 450 refeições diária, sendo distribuídas entre: café da manhã, almoço e lanche. A modalidade de serviço oferecido pela UAN é de auto gestão. A baixo do projeto nutrindo a vida deu se origem ao subprojeto, nutrição e incentivo a atividade física”, explica a nutricionista, Tainá Gabriela da Silva, ao recordar que subprojeto nutrição e incentivo a atividade física existe desde de 2016.
Em relação ao subprojeto, a nutricionista explica que consiste em recuperar o estado nutricional de crianças e adolescentes. Para isso, a primeira etapa consiste em aferir o peso e a altura de 100% das crianças e adolescentes presentes na entidade. Já a segunda etapa consiste em identificar as crianças e adolescentes que se encontram em obesidade e sobrepeso, por meio do gráfico de crescimento disponibilizado pela OMS.
“Após essas fases, é marcada uma reunião com as crianças, adolescentes e responsáveis para informar sobre o subprojeto e entregar a autorização para participação. A quarta etapa acontece através de aulas práticas com o educador físico, onde as crianças e adolescentes realizam atividades funcionais uma vez por semana e uma vez por mês recebem aulas teóricas sobre orientações nutricionais”, exemplifica a profissional.
RESULTADOS NA BALANÇA E NA VIDA – De acordo com os dados do projeto deste ano, as crianças e os adolescentes do período vespertino são 6% mais obesas quando comparadas ao período matutino, sendo 15% no vespertino e 9% no matutino. Esses dados foram avaliados utilizando o cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC), idade e gênero, comparando-os com o gráfico de crescimento disponibilizado pela OMS.
“No ano de 2019, contávamos com 11% das crianças e adolescentes em obesidade e 13% em sobrepeso. Em março de 2020 a OMS declara pandemia, devido ao surgimento de um novo vírus, Covid-19, levando assim ao isolamento social”, relata a profissional. “Em 2021, na volta das atividades, nota-se que houve um acréscimo de 16% em obesidade e 7% em sobrepeso. Atualmente, com a coleta de dados para o subprojeto identificamos que houve uma redução de 15% de crianças e adolescentes em obesidade em relação a 2021- dado que não ocorreu com o grupo dos sobrepesos tendo um acréscimo ainda de 5%”
CONSCIENTIZAÇÃO FAMILIAR – Tainá pontua que a conscientização familiar, no que se refere a prática de uma alimentação saudável, é um fator primordial para as crianças. Ela destaca que ainda é preciso conscientizar os responsáveis de que a obesidade é considerada pelo Ministério da Saúde um problema de saúde pública, sendo definida pela OMS como o excesso de gordura corporal, em quantidade que determine prejuízos à saúde.
A profissional também acrescenta que a obesidade pode desencadear na vida adulta várias doenças não transmissíveis (DNTs) como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer. “A causa para obesidade pode ser de diversos fatores como predisposição genética, distúrbios psicológicos, problemas familiares, estilo de vida sedentário e hábitos alimentares errados – este último é o mais frequente, já que, está cada vez mais comum o consumo de alimentos ultra processados”, alerta ao citar que para se reverter esses quadros, é indispensável a presença de um nutricionista, profissional que pode promover a conscientização sobre melhora dos hábitos alimentares.
“Este projeto é de extrema importância para as crianças e adolescentes, pois, por meio das atividades promovidas pelo projeto, reduzem a chance do desenvolvimento de outras patologias na vida adulta”, conclui a nutricionista ao enfatizar a importância em cuidar da alimentação.
Quais os objetivos do projeto?
-Identificar casos especiais com desequilíbrio nutricional, como o sobrepeso e a obesidade;
-Acompanhar o estado nutricional das crianças e adolescentes;
-Acompanhar o desempenho físico das crianças e adolescentes;
-Traçar estratégias para combater o sobrepeso e a obesidade.
Da Redação
TOLEDO