Campanha da Fraternidade traz o tema educação em 2022

Com o tema ‘Fraternidade e Educação’ foi lançada, na última sexta-feira (25), a Campanha da Fraternidade 2022 que traz o lema ‘Fala com sabedoria, ensina com amor’, inspirado no texto bíblico de Provérbios 31:26. O lançamento foi realizado na Cúria Diocesana de Toledo em uma coletiva de imprensa. Seu início se dá na abertura da Quaresma, na Quarta-feira de Cinzas, dia 2 de março.

A Quaresma é o período de preparação para a festa mais importante para os cristãos, a Páscoa. O bispo da Diocese de Toledo, Dom João Carlos Seneme, explica que este período é um convite para a comunidade voltar as raízes cristãs, de reflexão sobre o batismo, o pertencimento a uma Igreja e um convite para caminhar sobre práticas quaresmais: oração e intimidade com Deus, o jejum e a abstinência para aprender a dominar os excessos e a caridade.

“Isso tudo acontece dentro de um espírito com muita oração, muitos encontros em que a Igreja intensifica neste período. “A Quaresma é o tempo de nutrir-se da nossa interioridade e do nosso encontro com Deus e com a humanidade. Por isso, a Igreja coloca a Campanha da Fraternidade dentro desse período de reflexão de encontro consigo mesmo, de encontro com Deus, com a comunidade e com o mundo”, complementa Seneme.

PRÁTICA – Como o tema ‘Fraternidade e Educação’ e o lema ‘Fala com sabedoria, ensina com amor’, a Campanha da Fraternidade de 2022 convida a comunidade para promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário.

É a terceira vez que a Igreja no Brasil vai aprofundar o tema da educação em uma Campanha da Fraternidade. Desta vez, a reflexão será impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco em outubro 2020. A Campanha da Fraternidade é a grande prática que a Igreja coloca para os cristãos todos os anos. O coordenador diocesano da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE), padre André Boffo Mendes, pontua que neste ano a Igreja propõe a oração e a ação em torno do tema da educação.

“A Campanha da Fraternidade procura estabelecer diálogos para todos nós possamos repensar a nossa condição enquanto agentes educativos. Nós, somos educadores, mas também somos educandos no processo. E ao dialogar sobre isso a Igreja nos convida a beber da fonte que estrutura toda o seu pensamento que é chamado humanismo integral”.

EDUCAR – A integrante da equipe diocesana da Campanha, Marinês Bettega explica que o Pacto Educativo Global, lançado pelo Papa Francisco, com a premissa que saída para a humanidade é pela educação humanista, que provoque a ruptura do isolamento, do individualismo e da cultura do descartável. “Que essa ruptura provoque uma educação para a vivência em comunidade, para colocar-se no lugar do outro e fazer isso com cuidado e responsabilidade. É necessário que o conhecimento intelectual adquirido na escola se transforme em algo afetivo nos corações e se torne uma ação ética, política e técnica na mãos. Que as nossas comunidades ensinem as crianças, adolescentes e jovens que cabeça, coração e mãos são membros que trabalham juntos para colocar em prática o humanismo integral”.

A novidade do Pacto é o foco na pessoa e na ética do cuidado. O desafio é compromisso de agentes políticos e de lideranças comunitárias e o chamado é de acreditar que a educação humanista é a chave da mudança de médio e longo prazo.

“Diante de todas as nossas urgências, com base no Pacto Educativo Global e atentos ao sinais dos tempos, a Campanha da Fraternidade nos propõe falar com sabedoria e ensinar com amor. Nós só falamos daquilo que amamos e do que conhecemos. Ter inteligência faz com que entendamos o discurso oferecido a nós; ter sabedoria faz com que entendamos e apliquemos com o coração aquilo que ouvimos. Isso é uma educação integral e inclusiva, é o rumo a ser tomado para a mudança de todo o nosso contexto”, esclarece Marinês.

Da Redação

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