Burger King se une à pizzaria Domino’s no mercado brasileiro

A BK Brasil, dona das marcas Burger King e Popeyes no Brasil, anunciou fusão com a rede de pizzaria Domino’s. Com esse passo, a companhia passará a operar 1,2 mil restaurantes no País. A operação será feita por meio de uma troca de ações, sendo que os acionistas da DP Brasil, dona da Domino’s localmente, terão cerca de 16% do Burger King no Brasil, hoje avaliada em R$ 3,3 bilhões na B3.

A transação visa a fortalecer as franquias de ambas empresas – o delivery da Domino’s é maduro e pode ajudar às marcas da BK, em um momento em que os restaurantes foram desafiados, ao longo da pandemia, a executar suas vendas de forma online. A Domino’s tem 300 restaurantes no País, sendo 213 franquias, com 60% das vendas feitas por canais online.

“A estratégia de crescer e ingressar no grande mercado de pizza já vinha sendo estudada há algum tempo, e a oportunidade agora nos parece perfeita pelo potencial da marca e por ir na direção das tendências de consumo que vimos serem aceleradas desde o ano passado”, afirmou, em nota, o presidente da BK Brasil, Iuri Miranda, que segue na presidência da empresa após o negócio, que ainda precisará ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Em fato relevante, a empresa cita que a categoria pizzas é uma oportunidade de diversificação. “Nos últimos três anos, a Domino’s consolidou-se como líder do segmento de pizzas no Brasil, tendo revolucionado o mercado de fast-food através de um modelo de gestão baseado em tecnologia, experiência do consumidor e expansão acelerada de lojas”, disse Fernando Soares, presidente da Domino’s Brasil.

A BK Brasil firma que seu objetivo para este ano é de acelerar sua transformação digital, jornada que será acelerada com a incorporação da Domino’s. A BK já havia no fim do ano passado reforçado seu caixa com cerca de R$ 500 milhões para dar corpo a essa estratégia.

A Domino’s no Brasil é controlada pelo fundo de private equity Vinci Partners. A BK é outro investimento da Vinci – hoje ela detém 6% da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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