Brasil faz treino de pódio com collants novos, e Rebeca apresenta nova passada no solo
Após quase 20 dias de treinos em Troyes e em Paris, finalmente a equipe feminina ginástica artística do Brasil teve contato com a arena de competição dos Jogos Olímpicos de 2024. Em Bercy, o grupo exibiu collants novos e, Rebeca Andrade, uma novidade no solo. Na primeira passada, a brasileira executou um Sem Mãos Tsukahara Esticado, elemento de alto grau de complexidade como ligação.
“Hoje foi o primeiro treino em Bercy, apesar de já termos competido aqui em Copas do Mundo. Estamos nos adaptando a este horário da noite, mas acredito que passamos bem. Elas puderam sentir os aparelhos. Se for tudo muito perfeito a gente fica preocupado que relaxem. Essa é a hora de sentir o aparelho. Todos esses ajustes são feitos agora. A gente ficou satisfeito com o que a gente conseguiu fazer até o último aparelho”, disse o técnico Chico Porath.
A equipe feminina iniciou as rotações da subdivisão 5 pelo salto sobre a mesa, aparelho com maior expectativa diante da possibilidade de Rebeca Andrade executar o Triplo Twist Yurshenko, salto inédito que pode ser batizado com o sobrenome da brasileira caso seja executado em uma competição oficial. Mais cedo, a Federação Internacional de Ginástica divulgou a inscrição de Rebeca e indicou 6.0 na nota de dificuldade.
“Fizemos a inscrição, mas basicamente foi uma parte burocrática de preenchimento de formulário. Ainda tem esse primeiro contato com o aparelho. Hoje a Rebeca conseguiu aquecer bem, sentiu o peso do elemento, mas vamos ter um processo longo pela frente. Tem as classificatórias, as possíveis finais para, por último, pensar nessa cereja do bolo”, disse Chico.
Rebeca executou com facilidade outros saltos de alta complexidade, como Cheng e Amanar, os mesmos que apresentou na conquista do ouro olímpico em Tóquio 2020. Mas se absteve de tentar o TTY. Nos demais aparelhos, a equipe brasileira testou as séries sem maiores novidades ou incidentes.
Rebeca Andrade – Ginástica Artística. Foto: Gaspar Nóbrega/COB
Para que serve o treino de pódio?
O treinamento de pódio na ginástica artística é uma espécie de ensaio geral, sendo o único realizado na arena de competição. Cada equipe treina nos mesmos horários em que competirá e apresenta suas provas previstas, ajustando-se à dinâmica e ao ambiente.
Os árbitros que avaliam a dificuldade (na competição há também os de execução) participam ativamente e indicam as notas de partida, permitindo que as equipes avaliem e ajustem suas estratégias.
A ginástica artística do Brasil começa a competir em Paris no sábado, 27, com as classificatórias masculinas. As classificatórias femininas serão no domingo, 28. Confira abaixo a programação completa nos horários de Brasília.
27/7
6h – Classificatória masculino – Subdivisão 1
10h30 – Classificatória masculino – Subdivisão 2
15h – Classificatória masculino – Subdivisão 3
28/7
4h30 – Classificatória feminino – Subdivisão 1
6h40 – Classificatória feminino – Subdivisão 2
9h50 – Classificatória feminino – Subdivisão 3
13h – Classificatória feminino – Subdivisão 4
16h10 – Classificatória feminino – Subdivisão 5
29/7
12h30 – Competição por equipes masculina – Final
30/7
13h15 – Competição por equipes feminina – Final
31/7
12h30 – Individual geral masculino – Final
1/8
13h15 – Individual geral feminino – Final
3/8
10h30 – Solo masculino – Final
11h20 – Salto feminino – Final
12h10 – Cavalo com alças masculino – Final
4/8
10h – Argolas masculino – Final
10h40 – Barras assimétricas feminino – Final
11h25 – Salto masculino – Final
5/8
6h45 – Barras paralelas masculino – Final
7h36 – Barra de equilíbrio feminino – Final