Biopark promove Encontro Regional de Incentivo à Produção de Queijos Finos

Incentivar o desenvolvimento de produtores e novos produtos de qualidade

e apresentar a importância da estruturação da legislação do Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (SIM/POA) nos municípios da região Oeste são os principais objetivos do primeiro Encontro Regional de Incentivo à Produção de Queijos Finos, uma iniciativa do Projeto de Queijos Finos do Biopark e seus parceiros.

O evento reuniu na tarde da última sexta-feira (16) no auditório do Biopark, produtores de leite, profissionais do segmento, representantes governamentais dos Serviços de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (SIM/POA) do Oeste do Paraná, além de parceiros como Sicredi, Sebrae, Senar, a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), entidades convidadas, apoiadores como o IDR-PR e o Sindicato Rural de Toledo e os produtores de queijo da região.

Para o vice-presidente do Biopark Paulo Almeida, o Encontro é a oportunidade para incentivar os produtores e apresentar bons exemplos. “O papel de um parque tecnológico é conectar interesses para a comunidade. E para que isso aconteça tem que ter uma ‘trama’ acontecendo. Esperamos que a gente estenda a expectativa e que consigamos ter mais alinhamentos, porque eu tenho certeza que não tem outro projeto de queijos finos melhor do que o nosso”.

De acordo com a analista de pesquisa, desenvolvimento e inovação do Projeto de Queijos Finos do Biopark, Pâmela Schneider, o Projeto está presente em oito municípios da região e o propósito é de expansão. “Temos 13 produtores participando e cinco deles já estão produzindo queijo. A ideia é levar o Projeto para mais municípios. Esse é o primeiro evento dessa categoria, e a expectativa é conseguir impactar positivamente para que os municípios se mobilizem e vejam que, realmente, faz sentido ter uma legislação bem estruturada; que também possamos possibilitar que produtores de leite, com interessante em processar o seu leite, estejam produzindo queijos”.

Gelir produz o queijo Tomme Negro D’Oeste, um tipo de queijo francês adaptado – Foto: Franciele Mota

A adesão ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf) também foi apresentado no encontro. Pâmela pontua que esse processo é importante para levar os produtos além dos limites municipais e poder comercializar para todo o estado.

Durante o evento foi apresentado o Projeto de Queijos Finos do Biopark, o case de sucesso do SIM/POA de Toledo, além de uma mesa redonda com os produtores já conveniados com o Projeto.

“Nós sempre falamos que no Projeto todos ganham; é o produtor, é o município e toda a região. Temos um consumidor que é quem recebe esse produto de qualidade ao final. Então, o nosso propósito é que possamos mobilizar os municípios a entender o que falta. Precisamos levar o nosso produto para outros lugares”, reforça a analista de pesquisa.

QUALIDADE – Responsável pela qualidade do leite dos produtores do Projeto, Pâmela elogia o produto da região. “A qualidade em Toledo está num patamar ascendente. Estamos trabalhando muito com isso, especialmente com os produtores e a maioria deles, do Projeto de Queijos Finos, são de Toledo. Estamos trabalhando porque com um leite bom se faz um queijo bom, do contrário não acontece”, complementa.

Gelir Maria Giombelli, produtora de queijo do Projeto de Queijos Finos do Biopark tem experiência de 20 anos nessa atividade. Moradora da Linha Tapuí, por muitos anos ela produziu somente o queijo colonial. Ao conhecer o Projeto do Biopark decidiu participar e expandir sua produção.

“Estou muito feliz porque agregou muito na produção. O queijo colonial pagava as despesas e eu tinha que continuar até sair toda a documentação do novo produto. Durante o processo o Biopark deu toda a assistência desde a produção do leite até o consumidor final. É um caminho com vários profissionais assessorando. Sozinha eu não conseguiria e hoje estamos comercializando e a procura é grande”.

Gelir produz o queijo Tomme Negro D’Oeste, um tipo de queijo francês adaptado para a nossa região. “Ele tem um diferencial, que é o tipo do leite, que é mais suave e o queijo é mais saboroso por conta da maturação. Esse queijo pode ser consumidor de várias formas, eu prefiro degusta-lo sozinho, para sentir todo o seu sabor”.

No Encontro Regional de Incentivo à Produção de Queijos Finos, Gelir comenta que está feliz em poder compartilhar todo o conhecimento que recebeu da equipe do Biopark. “Eu só queria ter menos idade e mais disposição para produzir mais. Hoje é um dia de compartilhar a minha experiência e retribuir o apoio que eu recebi”, finaliza.

Da Redação

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