Biopark Educação reúne cadeia produtiva da região para Alimentos Saudáveis
No Biopark, a semana terminou com mais um passo que solidifica o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) com foco em Alimentos Saudáveis. É que nesta sexta-feira (18), o Biopark Educação reuniu, no prédio Charles Darwin, líderes da cadeia produtiva da Região e do Governo do Estado com o intuito de apresentar e aprovar o planejamento estratégico para o fortalecimento e a ampliação de pesquisas científicas dentro da temática.
A implementação do NAPI é uma parceria com a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, empresas do segmento e instituições de ciência e tecnologias. O objetivo é unir as demandas das empresas e do mercado para que as pesquisas tenham uma aplicabilidade altamente assertiva, gerando valor e desenvolvimento para a região.
No evento, foram apresentados os 33 temas e 119 subtemas que, de forma colaborativa, foram elencados pelas dez empresas e cooperativas participantes da construção do NAPI de Alimentos Saudáveis. Os temas determinaram as principais demandas de pesquisa e os potenciais projetos que serão desenvolvidos em conjunto, por meio desse arranjo.
Sobre inovação, o fundador do Biopark, Luiz Donaduzzi, ressalta que este Novo Arranjo potencializará o crescimento exponencial no setor de pesquisa. “Com esse NAPI, nós vamos ter 100% de acesso aos resultados, às pesquisas. De forma colaborativa, o investimento será baixo em relação ao resultado que nós iremos obter. Nós vamos dividir o custo da pesquisa, agregar conhecimento e fazer com que esses 119 transformem-se em projetos.”, afirma.
Da mesma forma que o NAPI é destaque no estado, o Paraná, consequentemente, também é destaque em investimento no setor de pesquisa frente ao Brasil. Para alcançar essa relevância, Ramiro Wahrhaftig, Presidente da Fundação Araucária, informa que para cada real investido pelas iniciativas privadas no NAPI, será também investido, respectivamente, o mesmo valor pelo Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Ciência Tecnologia e Ensino Superior e da Fundação Araucária. “Esse é o compromisso do governo para os primeiros cinco anos do NAPI. O Paraná é hoje o estado brasileiro que mais investe em pesquisa no país”, confirma.
Para Marcos Pelegrina, a grande vantagem do NAPI com foco em Alimentos Saudáveis é o fato de o projeto unir a iniciativa pública e privada para construir inovação, pesquisa e desenvolvimento. “O NAPI hoje é referência no Brasil, por ser uma rede de colaboração em que é possível utilizar os ativos da Ciência e Tecnologia de todo o estado do Paraná. E isso significa trabalhar com os melhores pesquisadores do estado e os melhores laboratórios.”, realça.
Do ponto de vista das cooperativas, o Presidente da LAR, Irineo Rodrigues, destaca também o avanço que esse NAPI traz para a desmitificação das práticas utilizadas na agricultura e o incentivo à produção de alimentos saudáveis. “O grão precisa ser saudável para fazer um alimento saudável. Então, as cooperativas têm como finalidade investir nessas pesquisas para, futuramente, melhorar a produtividade e a renda do nosso produtor.”, agrega.
Na mesma linha, Anderson Sabadin, Presidente da Primato, reforça que o NAPI de Alimentos Saudáveis é um marco para o Oeste do Paraná, isso porque ele congrega a força de trabalho que é representada pelo cooperativismo. Segundo ele, por trás dessa palavra existem também inúmeras famílias e produtores, sendo então um dos principais objetivos desse projeto fazer com que essas inovações resultem em avanços para eles. “Acredito que o NAPI de Alimentos Saudáveis irá integrar essa cadeia produtiva, além de gerar pertencimento. Assim, a união que será fortalecida por esse grupo será também expressada em novos produtos, os quais, com valor agregado, possibilitarão retorno financeiro ao campo, aumentando a renda da família e dos produtores”, completa.
O evento ainda contou com palestra e Workshop realizados em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) sobre redes colaborativas e inovação aberta. Rosileia Milagres, Vice-Presidente Executiva da FDC, considera que as relações de cooperação são essenciais não só para a inovação, mas para redução de custos e alavancagem de conhecimento.
Porém, nesse processo de cooperativismo, junto aos benefícios, há também desafios. “Para gerenciar essas dificuldades precisamos estabelecer uma boa governança, estabelecer processos e treinar as pessoas para trabalhar em regime de cooperação. E esse é o tema da nossa palestra.”, ressalta. Douglas Wegner, professor da Fundação Dom Cabral, inclui também que “esse evento realizado pelo Biopark Educação é um espaço ideal para promover a colaboração”.
O diretor do Biopark Educação, Paulo Rocha, ressalta a importância de trazer a Fundação Dom Cabral para o evento. “Eles são referência no tema e dão suporte às maiores organizações do País. Então, trazer professores como Rosileia e Douglas, visa fazer com que todos estejam alinhados sobre como as redes colaborativas podem gerar valores exponenciais ao complementar os ativos dessas organizações em prol de um mesmo objetivo”, conclui.