Aulas presenciais híbridas retornam para 1.700 alunos da rede municipal
Após mais de um ano sem as crianças nas escolas municipais, nesta quarta-feira (28), será retomada às aulas presenciais híbridas para 1.689 estudantes dos quase 12 mil assistidos pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). O retorno vai abranger principalmente alunos dos quintos anos, porém algumas unidades educacionais, conforme o plano de contingência apresentado e aprovado pela comissão intersetorial, poderão receber mais turmas.
De acordo com a secretária da Smed, Elisângela Batista, este momento é um passo importante para a comunidade escolar como um todo. “Existe um protocolo de segurança. As escolas apontaram um planejamento baseado em seu porte, quantidade de alunos, tamanho das salas de aula e seguirão esse plano cumprindo as normas de biossegurança exigidas. As unidades planejaram como as crianças vão chegar e serão recebidas, como vão sair, a organização das carteiras e escalas para o recreio e o lanche, dentro do seu espaço físico e quantidade de alunos”, explicou.
Dentro da organização e conforme o protocolo algumas escolas poderão voltar com mais turmas, além dos quintos anos. “Nós precisamos compreender que são 36 escolas, sem somar os 28 centros municipais de educação infantil e cada uma tem uma característica diferente”. Elisângela apontou como exemplo a Escola Municipal Miguel Dewes, do distrito de Dez de Maio. O local terá capacidade de voltar com todas as turmas, da pré-escola aos quintos anos. “Por exemplo, os quintos anos podem ter nove alunos em uma sala com capacidade para 30. Em algumas escolas do interior, as turmas são reduzidas, permitindo a volta de todos”, comentou.
Devido a essa diferença de características, haverá um descompasso entre a conduta de cada unidade educacional. “É preciso que os pais entendam a necessidade de atender às normas de segurança, por isso essa diferença entre uma escola e outra. Mas, aos poucos e gradativamente, teremos sim todas as crianças na escola. Esse é nosso objetivo”, disse, acrescentando que a decisão de enviar a criança para a escola é facultada aos pais ou responsáveis.
Alegria
Auxiliando e verificando as condições para o retorno das aulas presenciais, Elisângela disse ter visitado diversas escolas nos últimos dias e o desejo de retornar a rotina próxima do normal é grande. “É encantadora a animação das professoras e diretoras em receber os alunos. Sabemos que este retorno será sem abraços, sem brincadeiras com contato e outras situações que nossas crianças e trabalhadores estavam acostumados, mas é um princípio”, concluiu.
Plano de contingência
O Plano de contingência entregue pelas escolas à Comissão Intersetorial contém 69 medidas subdivididas em sete tópicos: Distanciamento físico, Pessoas com suspeitas de contaminação, Organização das salas de aula, Alimentação escolar, Organização de outros espaços escolares, Acolhimento e acompanhamento psicossocial, Uso de EPIs [equipamentos de proteção individual] e EPIs para os profissionais. Confira as principais medidas de cada ponto:
• Distanciamento físico – Organizar a recepção dos alunos em sala, evitando atividades em grupos, filas e aglomerações no pátio e saguão; fazer demarcações no chão para manter carteiras a uma distância mínima de 1,5 metro entre si; orientar os alunos a trocarem de máscara periodicamente; revezamento de horários de entrada, saída e recreio/lanche; aferir a temperatura de quem ingressar no estabelecimento por meio de termômetros infravermelhos; incentivar a higienização das mãos com álcool em gel 70% ou sabonete líquido antes, durante e depois de cada aula; manter os ambientes bem ventilados; não compartilhar objetos pessoais; desativar bebedouros com disparo de boca, com estímulo ao uso de garrafinhas de individuais; implantar medidas que organizem o fluxo de estudantes, entre outras.
• Pessoas com suspeitas de contaminação – Ter uma comissão voltada para este tipo de situação; seguir fluxo de atendimento imediato em caso de identificação de caso suspeito; intensificar as orientações sobre Covid-19 nas escolas; não permitir que alunos e educadores, incluindo seus familiares, com sintomas suspeitos da doença, ingressem nas dependências; suspensão das aulas por 7 dias (ou até o resultado negativo) em turmas nas quais existam alunos ou professores com sintomas da doença causada pelo novo coronavírus, entre outras.
• Organização das salas de aula – Disponibilizar álcool gel 70% lixeira por pedal ou sem tampa nas salas; retirar das paredes itens que não possam ser higienizados; orientar as famílias a fazerem a desinfecção diária dos materiais usados pelos alunos; higienizar, com água sanitária os ambientes a cada troca de turma, entre outras.
• Alimentação escolar – Servir, preferencialmente, as refeições nas salas de aula; organizar o refeitório com marcações que garantam a distância mínima de 1,5 metro entre as pessoas que estejam nas filas ou sentadas, com limpeza de mesas e cadeiras a cada troca de turma, entre outras.
• Outros espaços escolares – Reorganizar laboratórios, bibliotecas, áreas de convivência infantil e espaços para prática desportiva ou recreativa de forma a manter a distância mínima de 1,5 metro; monitorar o ingresso e higienizar a cada três horas (no mínimo os banheiros), entre outras.
• Acolhimento e acompanhamento psicossocial – Disponibilizar serviços de apoio psicossocial para o enfrentamento das incertezas decorrentes da pandemia; promover, em caráter permanente, campanhas motivacionais e ações de conscientização constantes sobre o assunto.
• Uso de EPIs – Não compartilhar equipamentos de proteção individual entre trabalhadores e/ou alunos durante as atividades; utilizar estes itens somente após serem higienizadas. EPIs para profissionais – Máscara e face shield (professores), botina de segurança, face shield, máscara e luvas de borracha (zeladoras), máscara, face shield, jaleco e luvas (merendeiras), e máscara (demais profissionais que não estão em contato direto com as crianças).
Da Prefeitura de Toledo-PR
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