Atendimentos de adolescestes crescem em Toledo neste ano
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A atenção integral e atendimento acolhedor contribuem para o aumento do número de adolescentes que buscam o Sistema Único de Saúde (SUS) do Paraná. O número de pessoas com idade entre 10 e 19 atendidas na rede de Atenção Primária (APS) nos municípios crescem desde o ano passado, de acordo com dados da Secretaria de Estado.
De janeiro a agosto deste ano foram registrados 461.346 atendimentos de pessoas nesta faixa etária na APS, alta de 22% em relação ao mesmo período de 2023 (377.676). Em Toledo, essa também é uma realidade na Saúde.
Segundo a secretária municipal de Saúde Gabriela Kucharski, existe uma procura maior deste público em 2024 em relação ao ano anterior.
Gabriela explica que neste ano, 14.809 pessoas na faixa etária de 12 a 18 anos foram atendidas na rede. Em 2023, os números de atendimentos deste público chegaram a 11.117. Esse dado é considerado maior se for comparado ao ano de 2022, quando totalizaram 9.257 atendimentos.
A secretária ainda salienta que o atendimento do adolescente é 33% em relação ao atendimento considerado geral na APS, quando chegou a 20%. O cenário se repete também no atendimento de urgência. “Do total, 39% dos atendimentos apresentavam faixa etária de adolescente e 31% era considerado público geral”.
Ela menciona que uma das causas para a ampliação do atendimento de adolescente na rede é a epidemia de dengue ocorrida neste ano. “Observamos que foi o principal CID gravado para este público e o geral. Em segundo lugar, foram as consultas de rotina”. Gabriela recorda que ocorreu um surto de diarreia nos meses de agosto e de setembro. “Essa foi a terceira causa deste público e, por último, transtorno mental”.
AVALIAÇÃO – Segundo a secretária, o Município tem buscado acolher os adolescentes de maneira efetiva. “Trata-se de um público em que a rede tem desafio para alcança-lo do ponto de vista de cuidados de Saúde. De fato, atendermos esse público significa que existe o acesso à saúde na cidade”.
Na oportunidade, Gabriela pontua que a Programação Anual de Saúde acontece em fevereiro. “Neste mês, diversas ações são promovidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). São atendimentos voltados aos adolescentes. Inclusive, Toledo possui dois Centros da Juventudes. Eles estão localizados no Jardim Europa e no Jardim Coopagro. As equipes são nossas parcerias na promoção de ações promovidas pelas Unidades Básicas de Saúde para esta faixa etária”.
ATENDIMENTOS NO ESTADO – Neste ano, a média mensal é de 10.459 atendimentos a mais do que no mesmo intervalo de tempo de 2023. Da população total do Paraná, de 11,8 milhões de habitantes, 1.498.274 são da faixa etária de 10 a 19 anos, segundo o Censo 2022 do IBGE. A Secretaria da Saúde dedica especial atenção a essa população, em atendimento à saúde física e mental e, também, em promoção da vida saudável.
Os dados da Sesa mostram que, nos primeiros oito meses de 2024, o atendimento de pessoas de 10 a 19 anos foi maior na puericultura, área da pediatria que monitora o crescimento e desenvolvimento da infância e adolescência, que concentrou o maior número de atendimentos (122.296).
Na sequência estão os atendimentos relativos à saúde mental (101.887) e ao pré-natal (91.272). Atendimentos para dengue (74.215), reabilitação (27.026) e saúde sexual e reprodutiva (17.431) também tiveram peso nas condições avaliadas.
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA – Apesar de o pré-natal na adolescência estar em terceiro lugar no número de atendimentos na APS, a gravidez nesta faixa etária está diminuindo. Em 2019 foram 18.169 jovens grávidas com até 19 anos. Em 2023, 12.769, uma queda de 29,7%.
O enfrentamento à gestação precoce é uma das metas do Governo do Estado, por meio da Sesa, dentro da Linha de Cuidado Materno-Infantil, criada para o fortalecimento da assistência à saúde das gestantes de todas as idades, instituindo diretrizes para o cuidado integral.
Gabriela destaca que o município de Toledo possui o menor índice de gravidez na adolescência do estado do Paraná. “O dado é considerado ainda inferior ao índice do Brasil. Isso se deve principalmente as ações preventivas realizadas com os adolescentes no Programa Saúde na Escola”.
Ela enfatiza que os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) vão até as escolas para conversar a respeito de prevenção em Saúde com o público. “Durante o diálogo, os trabalhadores abordam questões preventivas no ambiente escolar. Quando o (a) adolescente busca a UBS, as orientações são realizadas de maneira individual”.
Da Redação*
TOLEDO
*Com informações da AE Notícias
VACINAÇÃO – O calendário nacional de vacinação para adolescentes inclui seis vacinas. Sem uma idade específica (a qualquer tempo) estão as vacinas da hepatite B, difteria e tétano (dT), febre amarela (VFA – atenuada) e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Dos 9 aos 14 anos é ofertada a vacina contra papilomavirus humano (HPV) 6,11,16 e 18 ou a vacina HPV4, imunizante que protege contra esses tipos. E ainda está no calendário a meningocócica ACWY (MenACWY – Conjugada), recomendada de 11 a 14 anos.