Associação dos Deficientes Visuais de Toledo retoma atividades

Quem não enxerga com os olhos precisa aprender outro ‘tipo de visão’ do mundo. Ter acesso ao conhecimento e ao mercado de trabalho é um desafio para aqueles que vivem ‘às cegas’. As limitações físicas geram empecilhos, mas não impedem esse público de trabalhar, frequentar a universidade, formar a própria família, ter vida social, realizar os sonhos.

A Associação dos Deficientes Visuais de Toledo (ADVT) levanta diversas bandeiras em busca de qualidade de vida. Entre os desafios cotidianos daqueles que têm alguma limitação visual está a acessibilidade, a oportunidade de emprego e a inclusão social e a entidade busca incentivar as pessoas a não desistirem, a buscarem mais autonomia e independência, pois fazer com que a pessoa cega seja vista é uma luta diária.

“Retomamos os trabalhamos com a realização de nossa assembleia promovida no último sábado (4)”, cita o presidente da ADVT, Lucildo Teodoro. “Na assembleia fizemos o planejamento e diretrizes para o ano de 2023”, pontua ao acrescentar que o momento é primeiro passo para as atividades anuais da Associação.

CONHECIMENTO INCLUSIVO – Teodoro explica que durante o encontro foram discutidos vários assuntos. Um dos temas em destaque envolve as atividade que a ADVT pretende realizar neste ano como o Curso de Formação de Dirigentes para os membros da entidade. Ele explica que esse tipo de capacitação permite que os associados tenha noções básicas de como administrar uma entidade.

“Também discutimos sobre a realização de várias palestras para que as pessoas possam vir discutir assuntos diversos sobre a educação, a saúde, assistência ao trabalho, acessibilidade ao trabalho, entre outros”, declara o presidente ao enfatizar que um dos principais desafios da entidade é fazer com que esse público esteja inserido em todos os segmentos da comunidade. Além disso, é fundamental que a sociedade esteja atenta as necessidades dessas pessoas.

POLÍTICAS PÚBLICAS E ACESSIBILIDADE –  O comprometimento da visão gera obstáculos para encontrar o melhor caminho, por vezes, o direto de ir e vir fica ainda mais limitado. Entre aos problemas que envolvem a locomoção está a colocação da linha guia nas calçadas, pois nem sempre elas chegam até as entradas, ou se chegam acabam na porta. Ao serem colocadas até um determinado ponto impedem que a pessoa que utiliza a guia consiga chegar ao destino final para o atendimento, por exemplo.

Outra dificuldade, é que diversos espaços que são adaptados foram construídos sem o diálogo necessário com os usuários que utilizam diariamente. Além disso, também é possível encontrar diversas barreiras arquitetônicas, por exemplos, toldos baixos, lixeiras nos passeios público, entre outros empecilhos que dificultam a acessibilidade.

AVANÇOS PARA A INCLUSÃO – Promover a autonomia e a independência permitem que o público tenha mais qualidade de vida. Com a autonomia de locomoção a pessoa fica mais segura para entrar no mercado de trabalho, porém, isso não é o suficiente já que a inserção no mercado de emprego exige mais, exige conhecimento.

Da Redação

TOLEDO

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