Assembleia Legislativa participa de campanha mundial de prevenção às doenças renais
A Assembleia Legislativa do Paraná, em parceria com a Sociedade Paranaense de Nefrologia, adere a campanha do Dia Mundial do Rim, celebrada e, nesta data, permanecerá iluminada com as luzes azul e vermelha, cores da campanha.
A deputada Márcia Huçulak (PSD) incluiu na agenda do Grande Expediente do dia 13 de março uma palestra com o médico Paulo Henrique Fraxino, presidente da Sociedade Paranaense Nefrologia sobre o Dia Mundial do Rim.
Em 2006, a Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) criou o Dia Mundial do Rim, celebrado na segunda quinta-feira do mês de março, com ações voltadas para a prevenção da Doença Renal Crônica (DRC) em todas as nações do mundo.
A Sociedade Brasileira de Nefrologia, responsável pela campanha no Brasil, tem como slogan “Saúde dos Rins & Exame de Creatinina para Todos” e, para o ano de 2023 adotou o tema: “Cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados”.
O objetivo é disseminar informações sobre as doenças renais, com foco na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. A Assembleia tem tratado o tema com proximidade editando legislação específica para atender aos paranaenses que vivem com esta patologia.
O presidente da Sociedade Paranaense de Nefrologia, médico Paulo Henrique Fraxino divulgou a programação da data e explicou que “uma em cada 10 pessoas no Brasil tem alguma doença renal e ainda não sabem e por isso, mais de 150 mil brasileiros necessitam de tratamento de hemodiálise pele perda total dos rins”.
“As doenças que mais levam os brasileiros a perda total dos rins são a hipertensão arterial e o diabete mellitus, mas mudar esta realidade é bastante simples, através de exame de baixo custo e que estão disponíveis na rede básica com a medição de dosagem de proteína na urina e creatinina no sangue. Para que possamos alcançar estes objetivos o apoio da Assembleia Legislativa do Paraná está sendo fundamental, em especial no Dia Mundial do Rim”, completou Fraxino.
Legislação
A Lei nº 16.451de 22 de fevereiro de 2010, de autoria da ex-deputada Cida Borghetti, incluiu no Calendário Oficial do Estado do Paraná o Dia da Prevenção à Doença Renal, para ser comemorado no dia 13 de março de cada ano determinando que as Secretarias de Estado da Saúde e de Educação realizem atividades de conscientização para a necessidade de inclusão dos exames de urina e de creatinina no sangue nos exames médicos de rotina.
A Lei nº 19.791 de 20 de dezembro de 2018, de autoria do deputado Ney Leprevost (União) e do atual deputado federal Pedro Lupion, institui a prática do teste do bracinho nas consultas pediátricas em crianças a partir de três anos de idade, atendidas pela rede pública de saúde no âmbito do Estado do Paraná para o rastreio, diagnóstico e prevenção, dentre outras identificações, a de doenças renais.
A Lei nº 20.723 de 27 de setembro de 2021, de autoria do deputado Gilberto Ribeiro (PL), instituiu a Semana Estadual do Rim, do Combate à Insuficiência Renal Crônica e do Paciente Transplantado, a ser realizada anualmente na segunda semana do mês de março que também passou a fazer parte do Calendário Oficial do Estado do Paraná e tem por objetivo estimular a reflexão sobre os problemas enfrentados pelas pessoas com insuficiência renal crônica e incentivar a doação e o transplante de rins.
Epidemia
Em agosto de 2022, o médico especialista em transplante de rins, Carlos Marmanillo, concedeu entrevista à TV Assembleia, e afirmou que “passamos por uma epidemia de insuficiência renal crônica”.
Os rins são os órgãos responsáveis por filtrar resíduos e excesso de líquido do sangue. Quando eles começam a falhar, estes resíduos passam a se acumular. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, isso é mais comum do que parece. Os sintomas renais se desenvolvem lentamente e não são específicos. Algumas pessoas simplesmente não apresentam sinais da doença. Estima-se que no Brasil ocorram cerca de dois milhões de casos novos por ano.
“Muitos pacientes podem a passar ser renais crônicos e nem sabem. Chegam ao ambulatório sem sequer ter passado por um nefrologista na vida e entram em diálise. O rim não dá sintomas. Temos uma epidemia de insuficiência renal crônica no Brasil e no mundo. O transplante é o fim da linha, pois a prevenção não foi feita”, explicou o Dr. Marmanillo.
A Secretaria de Estado da Saúde também mantido o foco no tema e editado resoluções e normativas para atender os portadores de insuficiência real crônica e transplantados.
A Resolução SESA Nº 824 de 03 de setembro de 2021, por exemplo, dispõe sobre as condições para realização de Terapia Renal Substitutiva beira leito, em unidades intra-hospitalares, fora da unidade de diálise, por meio de Serviços de Diálise móvel, próprios ou terceirizados.
Da ALEP