Área de tecnologia de informação cresce na pandemia

Humanas ou exatas? Tradicionais ou futuristas? Qual profissão escolher diante da incerteza de uma mudança? As profissões na área de tecnologia estão em alta; algumas com falta de mão de obra qualificada. O mercado se apresenta atrativo para este setor; as pessoas começam a ter uma opinião diferente sobre o profissional que atual na área de Tecnologia de Informação.

O professor do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade Paranaense (Unipar), campus Toledo, Fernando Botelho explica que a área de tecnologia por muito tempo foi restrita aos grandes centros e ao exterior. Na década dos anos 2000, esse cenário começou a mudar e acelerou durante a pandemia.

Botelho esclarece que os profissionais sênior passaram a trabalhar para as empresas multinacionais. Por sua vez, o empregado de nível médio assumiu a vaga de sênior e aconteceu um efeito cascata. Já, com a pandemia, o professor salienta que as empresas que não tinham tecnologia ou não davam tanta atenção à ela passaram a utilizar algum recurso ou sistema tecnológico. “Quem tinha a intenção de realizar uma alteração, por exemplo, em até cinco anos optou por antecipar soluções ou migrar para soluções atuais”.

Diante deste cenário, a sociedade começa a conhecer ou a compreender o papel de um profissional da tecnologia da informação. Botelho exemplifica que até alguns anos atrás, o acadêmico conquistava uma vaga de estágio somente no último ano e em alguns casos depois de concluir a graduação. Em 2021, acadêmico do primeiro ano está estagiando. “De 80 alunos, mais na metade já está na área. O profissional pode atuar em todos os setores, como desenvolvimento, teste ou implantação”, pontua o professor.

Ele complementa que este novo panorama vivido é favorável a área de tecnologia de informação. “É uma maneira de atrair outras pessoas, pois a sociedade – como um todo – observa as vantagens deste setor, como ter bom salário e a garantia de emprego após a conclusão de um curso”, afirma o professor ao citar que existem casos de pessoas que atuavam em outras áreas e ingressaram em TI. “Tenho um aluno que fazia medicina no Paraguai neste ano e, para 2022, vai ingressar um profissional em direito”.

Botelho ainda pondera que a população pode realizar a seguinte análise: o investimento realizado no curso e cruzar com o salário futuro. O resultado é um investimento baixo. “Em algumas situações, os acadêmicos ingressam em estágios e conseguem pagar o curso de três anos em um ano e meio, porque a bolsa é maior que a própria mensalidade”.

DIVULGAÇÃO DA ÁREA – Se a pandemia trouxe prejuízos para muitos setores da sociedade; para a área de tecnologia de informação, ela colaborou na divulgação. “Muitas pessoas escolhem as profissões mais clássicas e esquecem que há outras oportunidades já existentes ou podem surgir e em um futuro próximo”, comenta o professor.

Botelho revela que existem mais de 100 empresas ativas de software em Toledo; não é considerado um número pequeno e há empresas que fornecem sistemas para outros estados do país. A região Oeste possui mais de 700 empresas de Tecnologia de Informação e algumas atuam em mercados consolidados.

“Atualmente, a inteligência artificial e a automação são nichos de mercados. Várias empresas surgem e aplicam a tecnologia. Por outro lado, quem decide não atuar mais na área, passa a trabalhar em outro segmento, mas aproveita a ‘bagagem’”, enfatiza Botelho.

O profissional pode atuar em uma empresa de varejo, escritório de contabilidade ou indústria. “Muitas pessoas não optam por este setor por falta de informação, porque o conhecimento em tecnologia é utilizado para todas as áreas”, comenta o profissional.

O professor finaliza que a área de tecnologia é abrangente. “Tentar resumi-la é difícil. A Tecnologia de Informação possui um ‘leque’ muito grande. São habilidades necessárias; presentes no mercado de trabalho e qualquer pessoa pode ingressar na área. Para 2022, a procura pelo curso está em alta e as pessoas ouvem falar mais de tecnologia”, concluir Fernando Botelho.

Da Redação

TOLEDO

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