Aras anuncia ‘providências para proteger’ diretores da Anvisa ameaçados
O documento registra que comunicações anteriores que chegaram à PGR sobre fatos similares “foram diligentemente tratadas por membros do Ministério Público Federal no Distrito Federal e no Paraná, que contam, no tema, com o zeloso trabalho da Polícia Federal”, indicou o Ministério Público Federal em nota.
A escalada das ameaças a diretores da Anvisa foi relatada neste domingo, três dias após o presidente Jair Bolsonaro ter dito que divulgaria os nomes dos responsáveis pela aprovação da vacinação infantil contra a covid. Após a fala de Bolsonaro, a Anvisa reagiu e disse “repudiar com veemência” ameaças feitas contra funcionário do corpo técnico do órgão.
Eles pediram à PGR, à Polícia Federal, ao Ministério da Justiça e ao Gabinete de Segurança Institucional que apurem e responsabilizem “com urgência” os autores das intimidações, além de garantir proteção policial aos servidores e seus familiares.
Em nota, o órgão lembrou inclusive das ameaças de morte recebidas pelos funcionários da agência em outubro, para que a vacinação contra a covid-19 em crianças não fosse autorizada. Tais ameaças, feitas por e-mail estão sob investigação da PF.
Também no domingo, o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF), engrossou o coro contra a “perseguição” aos servidores da Anvisa, conclamando as autoridades policiais a investigarem e garantirem a segurança dos mesmo e de suas famílias. “A perseguição aos técnicos da Anvisa é uma vergonha nacional. Mostra como o discurso do ódio chegou a níveis alarmantes no país. Aos servidores da agência, expresso minha solidariedade”, escreveu em seu perfil no Twitter.
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