Após mal súbito de Eriksen, Dinamarca pede alterações nos procedimentos da Uefa
O jogador da Internazionale, que teve que ser ressuscitado no gramado, passa bem, mas segue sob observação no hospital Rigshospitalet, em Copenhague. A seleção da Dinamarca teve a oportunidade de reiniciar a partida na mesma noite ou no dia seguinte, mas apesar de claramente abalados, voltaram ao jogo e perderam por 1 a 0. O técnico Kasper Hjulmand e seus jogadores disseram que preferiam não ter jogado.
“Foi uma decisão errada e completamente insustentável que os jogadores tivessem que estar em campo logo após a terrível experiência. Essa é uma situação em que jogadores e treinadores não devem ser colocados porque não é e não deve ser decisão deles”, disse o presidente da DBU, Jesper Moller, em comunicado oficial nesta quarta-feira.
“Agora queremos uma avaliação de todo o processo de tomada de decisão para que possamos colocar todos os fatos e informações relevantes sobre a mesa. Devemos olhar para uma mudança nas regras para garantir que nunca mais estaremos na mesma situação. Estamos prontos para apresentar uma resolução à Uefa”, acrescentou o dirigente.
Nesta quinta-feira, a Dinamarca enfrentará a Bélgica, novamente em Copenhague, pela segunda rodada do Grupo B. Na entrevista coletiva, Hjulmand disse que Eriksen deve acompanhar pela televisão e até ouvir de longe a partida. “Acredito que o Christian vai assistir. É uma situação muito louca. O hospital é do lado de (estádio) Parken, quando ele olhar pela janela, vai poder ouvir tudo de lá. Acredito que ele vai estar de camisa da Dinamarca assistindo o jogo”, declarou.
A seleção da Dinamarca terá um ônibus disponível nesta quarta-feira para os jogadores que quiserem voltar à arena e se prepararem emocionalmente para o retorno ao cenário do episódio traumático do último sábado. “Vai ser emocionante voltar ao estádio Parken. Sei que vamos ter um apoio sensacional da torcida, do nosso país. Temos que estar preparados para essa emoção. Temos que estar prontos para jogar, usar essa energia positivamente, mostrar a nossa identidade, como lutamos”, afirmou Hjulmand.
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