Antes de encontro, Fernández diz confiar que FMI entenda posição da Argentina

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou nesta quinta-feira, 13, que confia que a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, entenda as reclamações do país sobre a dívida contraída junto ao organismo. As declarações foram feitas em entrevista à TV Pública antes da primeira reunião presencial entre ambos os líderes, que será realizada amanhã, 14, em Roma.

“Vai ajudar ouvir de mim o que se passa na Argentina”, sugeriu Fernández sobre a ocasião, tendo em vista encontros anteriores realizados de maneira remota. “Queremos cumprir as responsabilidades, mas não a custo de fome da nossa gente”, apontou o argentino, sugerindo que Georgieva ajudou “muito o país” e querer chegar a um acordo com o FMI. O encontro está marcado para às 9h no horário local (4h de Brasília)

“Somos vítimas de uma dívida tomada irresponsavelmente”, afirmou o presidente, responsabilizando o governo do antecessor Maurício Macri pelo débito de US$ 45 bilhões da Argentina junto ao FMI.

O encontro encerra uma viagem pela Europa na qual Fernández pediu aos líderes de Portugal, Espanha, França e Itália apoio para a renegociação dos termos das dívidas argentinas. O presidente afirmou que foi muito “produtivo”, e que dentre “os objetivos que tínhamos, concretizamos todos”. Segundo o presidente, a posição argentina foi respalda pelos líderes com quem conversou, incluindo no âmbito do G20, questão discutida junto ao primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, país que comanda o grupo em 2021.

No balanço final da ocasião, Fernández apontou que conversou em Lisboa com o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro do país, Antônio Costa, sobre o avanço do acordo entre Mercosul e União Europeia. Levando em conta que Portugal detém atualmente a presidência do Conselho da União Europeia, o argentino indicou ter sido possível “revisar algumas coisas que hoje em dia estão questionadas por países europeus”. Além disso, “falamos da possibilidade de começar com um acordo no combate às mudanças climáticas”, destacou Fernández.

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