AMI: Serviço oferece atendimento especializado para gestantes e crianças

A Secretaria de Saúde de Toledo apresentou, nesta quinta-feira (07), um serviço inovador para a região. Funcionando desde o ano passado, o Ambulatório Materno Infantil (AMI) recebeu investimentos em 2021 e se tornou uma referência em saúde para gestantes e crianças. Para explicar o funcionamento e sua efetividade, um evento foi realizado no Auditório Acary de Oliveira e reuniu autoridades e servidores municipais, parlamentares e imprensa. 

O AMI surgiu devido à necessidade, durante a pandemia, de separar o atendimento das futuras mamães, por conta do risco que o novo coronavírus oferece para mulheres grávidas. A experiência deu resultados positivos, o que levou a gestão em saúde do município, por meio do Departamento de Atenção Primária, a investir no novo serviço. Atualmente, 1.225 gestantes, sendo 667 de alto risco, são acompanhadas por problemas como diabetes, diabetes pré-existentes e hipertensas crônicas.

Também estão assistidas pela equipe multidisciplinar do AMI 226 crianças de alto risco, sendo 169 com a puericultura interdisciplinar, 64 que estavam em fila de espera com transtorno mental ou autismo encaminhadas para conduta especializada, além de situações de alto risco com estimulação precoce, evitando sequelas. “Não queremos apenas produzir números. Vamos fazer saúde para mamães e bebês. Vamos fazer famílias felizes”, disse a gerente do AMI, enfermeira Márcia Baptista Mallmann. 

O trabalho tem apresentado excelentes resultados. Em 2020, o índice de mortalidade infantil caiu de 13,16 para 7,5 para cada mil nascidos vivos. A previsão para este ano é de ficar abaixo de 3 para cada mil. “É preciso destacar que este trabalho é feito por meio do AMI, mas envolve toda a rede de atenção básica, por meio das Unidades Básicas de Saúde e demais serviços oferecidos pela Secretaria de Saúde”, explicou a secretária de Saúde, Gabriela Kucharski, destacando o treinamento dos profissionais da Atenção Básica sobre os protocolos já implantado e mais quatro matriciamentos (treinamento) previstos para acontecerem ainda em 2021.

Para o vice-prefeito, Ademar Dorfschmidt, os sonhos, como o do Ambulatório Materno Infantil, precisam ser incentivados. “Sou apaixonado pela saúde e é gratificante ver depoimentos como o das nossas servidoras, tanto a enfermeira Márcia, quanto nossas médicas, externando o desejo de fazer melhor, não tem como não se emocionar e querer fazer mais ainda pela nossa população”, disse.

O prefeito Beto Lunitti acrescentou que o AMI já estava previsto no Plano de Governo da atual gestão e a discussão se ampliou desde o início do ano, pois a administração municipal se encantou com os resultados. “Nossas ações precisam mudar a vida das pessoas”, frisou o prefeito agradecendo aos servidores municipais envolvidos. “Ver profissionais como vocês, desempenhando com tanto amor e carinho suas atividades, traz esperança para nós, políticos, e nos imputa um desejo de buscar mais recursos e investir na saúde, na assistência e demais políticas que transformam a vida das pessoas”, concluiu.

Equipe – O time do AMI é formado por médicos pediatras, ginecologistas e obstetras, além de enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas que pensam na saúde e bem-estar de mães e filhos, conforme a necessidade de cada paciente. “Estes profissionais estão preparados para atender, com amor e humanidade, os pequenos cidadãos, dos primeiros meses de gestação e nos anos iniciais”, explica Gabriela. Além de equipe profissional, o AMI disponibiliza serviços de ecografia, fisioterapia obstétrica, ultrassonografia e auriculoterapia.

Autoridades destacam a ação – A secretária de Saúde de Toledo, Gabriela Kucharski, é médica pediatra e estava emocionada. “É um sonho. Desde a faculdade, sempre me encantei pela pediatria. Estudei no Rio Grande do Sul e vim para Toledo guardando este ideal de fazer algo neste sentido. Encontrei mais pessoas que também sonhavam com isso, servidores e autoridades, entre elas e de forma especial o prefeito Beto Lunitti, o vice Ademar [Dorfschmidt] e a enfermeira Márcia [gerente do AMI], e as coisas fluíram e chegamos a este momento tão especial”, recorda. 

Gabriela ainda lembrou que muitas doenças podem ser evitadas com o acompanhamento nos primeiros 1.000 dias de uma pessoa, período que envolve a gestação e os dois primeiros anos de vida. “Situações como a obesidade, uma epidemia mundial atualmente, e outros problemas que surgem em médio e longo prazo podem ser evitados, proporcionando mais saúde quando adultos”, explica.

O atendimento especializado foi destacado pelo presidente da Câmara de Vereadores, Leoclides Bisognin. “Para quem nasceu por mãos de parteira, sem acompanhamento, vemos hoje o quão é importante ter estes serviços. A mortalidade infantil era muito maior antigamente e é preciso aproveitar o que temos disponível atualmente”. 

Também estiveram presentes os vereadores Marcelo Marques e Valdomiro Bozó, além do deputado estadual Marcio Pacheco. “É preciso trabalhar de forma conjunta para ampliarmos e melhorarmos a saúde pública. Esta experiência precisa ser replicada”, afirmou Pacheco. 

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