Após 22 anos, alunos e professora do Jardim Maracanã revivem memórias
Já imaginou como seria dar uma voltinha ao passado? Apesar de não ser possível viajar no tempo, os estudantes do oitavo ano ‘A’ do Colégio Estadual Cívico Militar Maracanã tiveram um gostinho e revisitaram lembranças criadas no ano de 2002.
Isso foi possível graças ao ‘Baú dos Sonhos’, carinhosamente chamado de Bauzinho. Ele foi aberto no dia 20 de julho deste ano. No Bauzinho, os estudantes guardaram cartas com suas expectativas para o futuro.
Juraide de Fátima Rodrigues foi a professora idealizadora da atividade. Na época, ela lecionava a disciplina de Geografia. Juraide se aposentou no ano de 2015 e, atualmente, ela participa do Clube da Poesia e é uma das integrantes da Academia de Letras de Toledo.
Na noite de um domingo de 2002, ela recorda que estava assistindo a um programa de tv e acompanhou essa iniciativa. “Eu achei a ideia interessante e decidi reproduzi-la com os meus alunos. Na época, na segunda-feira, eu tinha dois horários com essa turma e propus a ação. Os alunos escreveram as cartinhas com os seus sonhos, colocamos no Baú e escolhemos uma data para ser aberto. Nós fechamos o Baú, inclusive com chave. Eu fiquei com uma cópia e o líder de turma com outra”, menciona.
ABERTURA – A princípio a data escolhida para o reencontro foi 20 de dezembro de 2020. “Durante todo este tempo eu fiquei encarregada de guardar e proteger o nosso tesouro. Eu trouxe o Baú para casa e ele ficou guardado por todos esses anos”, destaca a professora aposentada.
A abertura atrasou devido a pandemia da Covid-19 e o encontro aconteceu somente neste ano. Juraide afirma que o dia 20 de julho foi mágico. “Nos reunimos em um encontro memorável em uma pizzaria. Após muitos abraços carinhosos e pizzas saborosas, muitas lembranças e alegrias, decidimos abrir o Baú em frente a Igreja Menino Deus, no Jardim Porto Alegre. Com muita expectativa e ansiedade, abrimos nosso Bauzinho”.
LEMBRANÇAS – Nele, estavam todas as cartinhas. “Com muita emoção, cada estudante leu a sua carta. Entre risos e conversas divertidas, cada um relacionou o conteúdo com a sua vida atual”, destaca a professora. “Depois de 22 anos, vivemos uma noite memorável e emocionante!”.
Naquela época, os alunos destacaram em suas cartas a continuidade dos estudos, a vida profissional ou em constituir uma família. “Valeu muito a pena encontrar e reconhecer cada estudante. Foi maravilhoso dar uma voltinha no passado e saber como todos estão atualmente”, destaca a professora aposentada.
Segundo Juraide, o reencontro foi especial, pois conseguiu recordar o perfil de cada aluno. “Eu sou professora desde o ano de 1986. Atuar com a disciplina de Geografia sempre foi a minha paixão. Geografia é uma ciência viva e a vivenciamos diariamente. Eu era considerada pelos estudantes como uma professora exigente, pois cobrava o estudo. Lembro que quando um deles não fazia um determinado trabalho, comentava que iria encaminhar um bilhete ao pai. Logo, era questionada caso o trabalho fosse feito se o bilhete precisava ir para casa. Eu respondia que não, porque o meu interesse sempre foi ensinar”.
Após a leitura das cartas e a emoção, o grupo decidiu marcar um novo encontro para daqui dois anos. “Quero participar novamente e pretendo estar bem de saúde e feliz. Já estou ansiosa por revê-los. Desejo que Deus permita o nosso reencontro em 2026”. As professoras Claudete Bastian, Maria da Graça e Sevanir Godoy prestigiaram o encontro. “Gratidão a Deus e a todos por momentos tão especiais!”, finaliza Juraide.
Da Redação
TOLEDO