Alta demanda sobrecarrega atendimento de urgência e emergência

Nesta semana, o JORNAL DO OESTE recebeu uma informação vinda da comunidade de que o sistema de urgência e emergência do município estava sobrecarregado. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o Pronto Atendimento Municipal Dr Jorge Milton Nunes (Mini-hospital) e a Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (Hoesp), mantenedora do Hospital Bom Jesus, são as instituições que prestam esse atendimento à população. No caso do Bom Jesus, hospital de referência em várias especialidades, o fluxo é ainda maior por conta dos pacientes de outros municípios.

O clima seco e a queda nas temperaturas nesta época do ano também contribuem para o aumento de pacientes nos atendimentos de urgência e emergência. A superintendente do Bom Jesus, Zulnei Bordin, comenta que no pronto atendimento da Hoesp, houve um aumento de procura de casos de patologias respiratórias nas últimas semanas.

“A Hoesp, no serviço de emergência, vem sempre atendendo a emergência acima da capacidade. A média estava em cinco pacientes/dia aguardando vaga de enfermaria ou de UTI, e no mês de maio esta média passou para sete pacientes aguardando vaga”.

AGILIZAR – Zulnei explica que a maior demanda é para leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) “visto que leitos de enfermaria tem uma rotatividade maior e maior oferta, apesar de ser também insuficiente”.

Diante do cenário, para dar celeridade no atendimento, a equipe do hospital trabalha dentro de uma rotina para agilizar a liberação do leito, com profissionais prontos para realizar a desinfecção do leito logo após a saída do paciente, para poder receber outro paciente no leito mais rapidamente.

Muitos casos de urgência e emergência recebem os primeiros atendimentos ainda na UPA e no Mini-hospital. As duas unidades também estavam com alta demanda de atendimento nas últimas semanas. O diretor da Rede de Atenção às Urgências e Emergências de Toledo, dr. Julio Cesar Fabris, explica que o fluxo de pacientes é muito relativo, com períodos mais calmos e outros mais intensos.

“Esse é o nosso desafio diário. Temos dias mais calmos, outros com mais pacientes. Contudo, três áreas estão no topo dos atendimentos: ortopedia, pediatria e psiquiatria”, menciona o médico.

Fabris comenta que a UPA, principalmente, fica mais sobrecarregada de pacientes aguardando a liberação de vagas para atendimento de ortopedia em hospitais de Toledo e da região. Situação semelhante com a área da psiquiatria e pediatria que necessitam da liberação de um leito para encaminhar o paciente. “E nesses casos, dependendo da situação pode variar entre cinco a dez dias. E o paciente deve ficar na unidade enquanto aguarda. Por isso, a lotação”.

Os casos respiratórios também intensificam os atendimentos na UPA e no Mini-hospital nesta época do ano. Fabris cita que com a mudança do atendimento pediátrico para uma UPA exclusiva, projeto que está em andamento no município, vai ajudar a desafogar o local e ampliar o suporte à população.

Da Redação

TOLEDO

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