Alerta Ferrugem identifica primeiro caso de esporo na Regional de Toledo

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O Alerta Ferrugem identificou o primeiro caso de esporos da ferrugem-asiática em coletor, na safra 24/25, na Regional de Toledo. O coletor instalado em Palotina indicou a presença e a circulação desses esporos no ambiente local na semana de 14 a 18 de outubro. A ação é conduzida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). Essa é a 9ª safra com a instalação da rede e a divulgação de resultados.

A Regional de Toledo é composta por aproximadamente 30 coletores. Eles estão distribuídos nos municípios de Assis Chateaubriand, Entre Rios do Oeste, Guaíra, Iracema do Oeste, Jesuítas, Marechal Cândido Rondon, Mercedes, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Quatro Pontes, Santa Helena, São José das Palmeiras e Terra Roxa.

O engenheiro agrônomo e extensionista rural do IDR-PR Dr. Anderson Heling explica que de todos os coletores instalados no estado do Paraná, apenas um, instalado em Palotina, detectou a presença de esporos. “Importante salientar que trata-se de esporos detectados e não a doença em plantas/lavoura”.

De acordo com Heling, para que os esporos germinem e infectem a planta são necessários fatores ambientais, os quais no momento não estão favoráveis. “Nesta safra, os esporos chegaram mais cedo; era algo que aguardávamos, porque tivemos um inverno pouco rigoroso, com poucas geadas e de fraca intensidade, que permitiram a manutenção de plantas voluntárias de soja no campo”.

PLANTAS VOLUNTÁRIAS – O engenheiro agrônomo pondera que os esporos de P. pachyrhizi podem ser transportados por correntes de ar a longas distâncias, sua origem pode ser de outra região. “No entanto, não se descarta a possibilidade de que esses esporos provenham de plantas de soja voluntárias, cultivos de soja precoce ou plantas hospedeiras nativas da região”.

Heling salienta que muitas lavouras ainda estão em estádio vegetativo e sem o fechamento das entrelinhas, a preocupação é válida, mas não preocupa. “Embora a doença possa se manifestar desde a germinação, seus principais problemas são observados quando as plantas atingem o estádio reprodutivo. Além disso, o fechamento das entrelinhas cria um microclima mais ameno e úmido, que favorece o desenvolvimento e a disseminação da doença, o que ainda não está ocorrendo na maioria das lavouras”.

SISTEMA – Nesta semana, a equipe da coordenação Estadual do Programa Grãos Sustentáveis IDR-PR emitiu uma nota explicando a condução e o Sistema Alerta Ferrugem. Trata-se de uma rede de monitoramento dedicada à detecção de esporos do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja. “O principal objetivo do sistema é identificar a chegada dos primeiros esporos de P. pachyrhizi nas principais regiões produtoras de soja do Estado do Paraná”.

Segundo a nota, o sistema visa fornecer informações que ajudam a assistência técnica e os produtores a tomarem decisões mais assertivas sobre o manejo da doença, considerada a principal doença da cultura. “Com a implementação desse monitoramento, busca-se otimizar as práticas de manejo, aumentando a eficiência e reduzindo os riscos associados a essa doença”.

ORIENTAÇÕES – Neste momento, a coordenação Estadual do Programa Grãos Sustentáveis IDR-PR recomenda que agricultores intensifiquem o monitoramento de suas lavouras, com especial atenção à ferrugem-asiática da soja, além de estarem vigilantes em relação a outras doenças que possam surgir, para possível tomada de decisão quanto ao manejo fitossanitário, com assistência técnica.

“Considerando que muitas lavouras ainda estão em estádio vegetativo e sem o fechamento das entrelinhas, a preocupação é válida, mas não preocupa. Embora a doença possa se manifestar desde a germinação, seus principais problemas são observados quando as plantas atingem o estágio reprodutivo. Além disso, o fechamento das entrelinhas cria um microclima mais ameno e úmido, que favorece o desenvolvimento e a disseminação da doença, o que ainda não está ocorrendo na maioria das lavouras”.

Outra orientação, em nota, é o agricultor prestar atenção nas condições climáticas. “Temperaturas elevadas e baixa umidade inibem a germinação dos esporos e, consequentemente, a infecção das plantas. No entanto, com a chegada de frentes frias, essa situação pode mudar, tornando necessário que o agricultor implemente intervenções na lavoura, como o manejo com fungicidas”.

Até o momento, apenas um coletor de toda a rede estadual identificou a presença de esporos. “Portanto, é importante monitorar a dispersão de esporos nas próximas semanas, bem como a análise do comportamento nos demais locais”. O acesso ao Alerta Ferrugem pode ser feito na página do IDR-Paraná ou diretamente pelo link: https://idr.mapas.pr.gov.br/ferrugem.

Da Redação

TOLEDO

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