Aleitamento Materno: Hoesp tem cerca de 150 litros de leite doados mensalmente

O leite materno é o único alimento que o bebê precisa até os seis meses de vida. Esse alimento é uma importante fonte de vida, de saúde e de muito amor. Enquanto muitos recém-nascidos são agraciados com o aleitamento materno em ‘livre demanda’, outros contam com a bondade daquelas mães que fazem a doação desse líquido tão precioso.

A Semana Mundial do Aleitamento Materno enaltece a importância de cada doação. Este período tem ainda mais impacto na 20ª Regional de Saúde, desde março de 2007, depois que passou a contar com o Banco de Leite Humano (BLH) Doutor Jorge Nisiide do Hospital Bom Jesus. A unidade presta os atendimentos que ajudam diversos bebês. A prioridade do leite doado é para atender os bebês da UTI Neo Natal e aqueles que nascem no hospital e precisam de complemente durante a internação.

Diversas mães, durante o período de amamentação, produzem mais leite do que o filho necessita para o desenvolvimento saudável. Nesses casos é possível dividir com quem precisa esse precioso alimento. Com esse gesto de solidariedade e amor essas mulheres podem doar a quantia excedente sem prejudicar seus bebês. Esse ato permite que elas contribuem com a alimentação daquelas crianças que não podem ter acesso ao leite das próprias mães, seja pela falta de produção ou algum outro problema.

Dados da equipe do Banco de Leite Humano do Hospital Bom Jesus apontam que a unidade recebe em média 150 litros de leite mensalmente. Esse leite passa por todo o processo de pasteurização, análise de qualidade e somente depois disso é destinado aos bebês.

ALIMENTO PRECIOSO – O leite materno é fundamental para saúde dos bebês, pois ajudar a reduzir a morbimortalidade infantil ao diminuir a incidência de doenças infecciosas, além disso, proporciona nutrição de alta qualidade para a criança, contribuindo para seu crescimento e desenvolvimento. “O leite materno tem todos os nutrientes, proteínas, e é essencial para o desenvolvimento”, afirma a enfermeira do Banco de Leite da Hoesp, Tatiane Maria Pauli.

O aleitamento materno também contribui para a saúde da mulher, pois reduz riscos de determinados tipos de cânceres e de anemia, além de ampliar o espaçamento entre partos e proporcionar benefícios econômicos para a família. Quanto mais tempo uma criança for amamentada, maior será a sua imunidade e proteção contra infeções, bem como o vínculo entre mamãe e bebê.

‘A DOAÇÃO DE VIDA’ – Na Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (Hoesp) – entidade filantrópica mantenedora do Hospital Bom Jesus – todas as novas mamães recebem orientações sobre a amamentação. As gestantes e as mamães recebem as orientações de como preparar as mamas para a amamentação e os problemas que podem acontecer. O trabalho da equipe do BLH inicia logo após a mãe receber alta do hospital. Os profissionais explicam a importância da doação – que pode ser feita em qualquer quantidade.

Para ser uma doadora basta fazer o cadastro no Banco de Leite através do telefone 2103-2013. As mulheres que procuram o BLH para fazer doação são cadastradas. As equipes levam os materiais necessários para que a mãe não precise fazer o deslocamento. “Vale lembrar que qualquer ml é essencial”, ressalta Tatiane.

CAMAPANHA – A campanha da Semana do Aleitamento Materno nesTe ano tem como tema “Possibilitando a Amamentação: Fazendo a Diferença para Mães e Pais que Trabalham”. Entre os objetivos, está o de informar sobre as perspectivas dos pais trabalhadores com relação à amamentação e paternidade. Além de receber o leite doado, o Banco de Leite também tem o papel de orientar e ajudar as novas mamães nessa fase.

“Toda a equipe está à disposição para orientar sobre a amamentação, que pode ser cheia de desafios. Por isso, é importante saber as técnicas corretas da amamentação e retirada de leite. Toda mãe que tiver dificuldade pode nos procurar”, explica Tatiane.

O PROCESSO DE PREPARO DO LEITE – O leite precisa passar por diversas etapas antes de chegar até os bebês. A primeira fase é a análise sensorial que compreende a avaliação do cheiro e o visual do leite humano. Na sequência é realizado o teste de acidez com utilização do processo de titulação é avaliada a acidez do leite humano, classificando em padrões de referência aceitáveis.

Logo após a pasteurização, quando o leite humano é submetido a temperaturas elevadas para garantir a eliminação dos microrganismos patogênicos e da microbiota saprófita. Também acontece o processo de dosagem do valor calórico de cada leite e destinação adequadamente a cada receptor.

Depois de todos esses processos, o leite precisa ser armazenamento em temperatura controlada. Por isso, os frascos de leite humano pasteurizado permanecem armazenados no freezer até sua utilização, garantindo a estabilidade da composição nutricional. Todos esses processos certificam a qualidade do leite, podendo ser liberado para consumo após emissão do laudo microbiológico.

Agosto Dourado: oferta de ‘peitolé’ divide opiniões

O leite materno é tão importante para o bebê que muitas mamães que amamentam fazem o ‘peitolé’ ou ‘tetolê’ para reforçar ainda mais este período de aleitamento exclusivo. O Agosto Dourado é marcado por ações e iniciativas que reforçam a importância do aleitamento e da doação.

Conforme a nutricionista, Deise Baldo, o ‘peitolé’ ou ‘tetolê’ tem o potencial de aliviar a dor e o desconforto da primeira dentição dos bebês. “Adotar essa prática é uma opção que contribui com o processo de aleitamento. Contudo, é importante salientar que nem todos os profissionais aprovam essa prática”.

Segundo a profissional, o ‘peitolé’ não deve ser ofertado antes dos seis primeiros meses de vida da criança. “Neste período é recomendada a amamentação como alimentação exclusiva, por isso, não deve ofertar para que não aconteça nenhuma interferência no aleitamento materno”.

O bebê, depois dos seis primeiros meses, já passa a ter condições para manipular outros alimentos. Além disso, logo inicia a fase da iniciação alimentar. “Dessa forma, a mãe precisa respeitar cada etapa e seguir de acordo com as orientações profissionais e ir adicionando frutas para compor o picolé. É importante ressaltar que o ‘peitolé’ não tem função nutritiva, não substitui as mamadas, por esse motivo que, às vezes, logo após o picolé o bebê pode sentir vontade de mamar”, salienta ao destacar que é preciso cuidados na preparação.

PADRÃO OURO – A cor da campanha – dourado – está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. O alimento é ‘padrão ouro’, pois tem a propriedade de mudar o sabor a cada mamada – depende do cardápio da mãe, ou seja, ele altera o seu sabor e o seu aroma.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Assessoria

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