Alan se recupera, estreia no vôlei masculino e divide emoção olímpica com o irmão
Quando entrou em quadra diante do Egito, Alan se sentiu aliviado. Afinal, fazia ali finalmente a sua estreia nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Depois de ficar fora dos dois primeiros jogos da seleção masculina de vôlei por conta de uma lesão na panturrilha, o oposto se recuperou para ser incorporado ao time. Mais que uma conquista pessoal, para Alan isso também representou um momento celebrado em família, já que agora ele pode compartilhar a quadra olímpica com seu irmão mais novo, Darlan, oposto titular do Brasil.
No único treino na quadra oficial da Arena Paris Sul, na semana da estreia brasileira em Paris 2024, Alan sentiu um desconforto na panturrilha esquerda. Ele teve que ser poupado, deu lugar ao atleta reserva, o ponteiro Honorato, e iniciou rapidamente um tratamento com fisioterapia para tratar a lesão e ficar à disposição. Dois jogos depois, finalmente o oposto pôde entrar em quadra com a camisa brasileira.
“Foi muito gratificante estrear. Entrei bem, que era o mais importante. Ainda estou me recuperando. Não é uma lesão grave, mas também não tão simples, precisava de uns 7 a 10 dias para recuperar completamente. Ainda estou na fisioterapia, mas faz parte. Cada vez ganhando mais potência, mais força para poder ajudar a seleção”, pontuou.
E a sensação de disputar a sua segunda edição de Jogos Olímpicos ganhou uma emoção a mais. Alan está compartilhando este momento com Darlan, irmão caçula e parceiro de posição, afinal os dois são opostos. A felicidade de ser atleta olímpico com o irmão contagiou toda a família.
“É incrível estar com ele aqui. A gente está dividindo quarto há três meses nesse período que estamos na seleção, já estou até de saco cheio dele (risos). Brincadeira. É muito gratificante estarmos nós dois em quadra nesse sonho nosso, da nossa família, em ter dois atletas olímpicos. Tenho certeza de que todo mundo está orgulhoso da gente e feliz de podermos representar a seleção brasileira”, ressaltou.
Peça importante no esquema tático da seleção brasileira, uma vez que ele é acionado pelo técnico Bernardinho na inversão do 5 e 1 com o levantador Cachopa, Alan vinha sendo lembrado pelos companheiros nas duas primeiras rodadas. Agora, com a classificação do Brasil às quartas de final, o oposto comenta que outra competição começa. E ele espera estar ainda melhor fisicamente para ajudar o time a avançar às finais da competição.
“Agora é eliminatória, cada jogo você pode voltar para casa. Então vamos entrar com tudo como sempre fizemos. Acho que a seleção brasileira quando tá valendo eliminatória tem um ‘quê’ a mais ali. Sempre conseguimos dar um extra, algo a mais. Estou confiante, independente de quem vier a gente vai dar um jeito e vamos continuar passando de fase para chegar na tão sonhada final”, finalizou.